Cenário político se movimenta no Grêmio
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Cenário político se movimenta no Grêmio

Ex-dirigentes com passagem pelo futebol agem nos bastidores para alçarem o poder em 2026, véspera do ano eleitoral

João Paulo Fontoura

Odorico Roman e Alberto Guerra são personagens do processo político do Grêmio

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O ano de 2024 reserva ainda preocupações e obrigações ao Grêmio dentro de campo. Fora dele, no entanto, 2025 começou. Enquanto a atual diretoria se divide entre as questões envolvendo a reta final do Campeonato Brasileiro e a permanência ou não de Renato Portaluppi, quem ambiciona o poder nos gabinetes se movimenta. E não é de agora.

Na metade do ano passado uma figura fundamental do tabuleiro de xadrez político que se avizinha deixou a vice presidência de futebol para se tornar um nome, até prove-se o contrário, de barulho junto à torcida. Trata-se de Paulo Caleffi. No entanto, além da concorrência, somente isso não basta para almejar sentar na cadeira mais importante da Arena.

Conforme o repórter da Rádio Guaíba Cristiano Silva, Caleffi não reúne apelo dentro do Conselho Deliberativo para avançar como eventual sucessor de Alberto Guerra na presidência. Ao mesmo tempo ele teria mais força 'no pátio', como se usa denominar o segundo momento da eleição com os sócios do clube. Por isso estaria buscando aproximação com Danrlei.

O atual deputado federal, que nunca escondeu ambições políticas no Grêmio, porém, ainda segundo Cristiano, pode ser um trunfo de Guerra. Os dois estiveram próximos antes das últimas eleições e, dependendo do que for tratado entre as partes, uma reaproximação não seria surpresa. Em setembro de 2022, na eleição de renovação de 150 vagas no Conselho, a chamada ‘Chapa do Danrlei’ elegeu 46 conselheiros, aumentando a força interna do ex-goleiro.

Uma outra via nesse cenário tem dois nomes com passagens pelo departamento de futebol. Odorico Roman, candidato à presidência derrotado em 2022, voltaria à disputa novamente, mas desta vez como espécie de braço direito de Antonio Dutra Junior.

Enquanto isso, na última segunda-feira, em um encontro em que estiveram representados alguns movimentos políticos do Grêmio, principalmente dos "Cacalistas", entusiastas das ideias do ex-presidente Luiz Carlos Silveira Martins, Dênis Abrahão foi identificado como um potencial interessado no cargo mais alto do clube.

Fora tudo isso, a situação obrigatoriamente lançará um nome. O termômetro atual não indica uma ambição de reeleição de Guerra. Nomes como os do vice presidente do Conselho de Administração Eduardo Magrisso e do presidente do CD Alexandre Bugin são especulados como possíveis postulantes.

Em tese, a disputa política no Grêmio começa a partir da abertura do processo eleitoral, prerrogativa do presidente. Na prática, entretanto isso não acontece, pois 2025 bate na porta de 2024 bem antes do fim do calendário. E também antes do fim do Brasileirão, onde muita coisa está em jogo do futuro do clube.


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