David Braz mostra decepção com 1º tempo do Grêmio e revela cobranças no intervalo

A Arena lotou na noite de quarta-feira, mas o torcedor do Grêmio não viu o time fazer uma grande partida no empate em 1 a 1 com o Flamengo na primeira partida da semifinal da Libertadores. O zagueiro David Braz disse que a equipe esperava que os adversários agissem de forma forte, mas não esperava que o Tricolor fosse dominado no primeiro. A postura em campo nos 45 minutos iniciais deixou os jogadores chateados e a cobrança foi forte no vestiário, admitiu o atleta. “Não esperávamos não conseguir fazer o nosso jogo, aquilo que não só nós mas os torcedores estão acostumados a ver. Infelizmente não conseguimos fazer isso, todo mundo está ciente, foi cobrado no intervalo e melhoramos no segundo tempo”, avaliou.

De acordo com o atleta, o técnico Renato deu um discurso, mas também abriu espaço para que os atletas falassem. “Cobrança foi primeiro do professor, depois ele deixou um tempo pra gente falar um com o outro. Vimos que precisávamos marcar mais, as movimentações que eles fizeram e tentar encaixar algumas coisas”, disse, ressaltando a nova postura na metade final. “Tivemos bastantes chances no segundo tempo, com Everton, Matheus, chegamos com cruzamentos. Foi melhor nosso segundo tempo e assim que temos que jogar lá. É como estamos acostumados”.

Braz lamentou o gol sofrido no “melhor momento da equipe”, mas ressaltou que o time não se abateu. O Tricolor arrancou, na raça, o empate, quando Pepê desviou cruzamento de Everton para o fundo das redes. Durante a jogada, o flamenguista Filipe Luís estava caído em campo, o que gerou reclamação de alguns colegas por falta de flair play dos mandantes. Ele disse que não viu desrespeito às regras na jogadas.

“Quem decide quando tem que parar o jogo é o juiz, não tem mais isso de lateral, mudou. Ninguém percebeu que o Filipe Luís estava no chão. Eu só vi logo depois da comemoração do gol, quando pediram o atendimento dele. Tem essa regra e é o juiz que tem que estar atento ao lance e parar, então não foi uma falta de respeito. Na hora do lance roubamos a bola e estávamos precisando ir atrás do gol, ninguém percebeu que tinha um caído”, afirmou, lembrando que o próprio treinador do Rubro-Negro, o português Jorge Jesus, disse após o confronto que teria continuado o lance.

O zagueiro afirmou que o time saiu “chateado” de campo porque queria muito vencer. Para o segundo jogo, lembrou as fases anteriores, nas quais o time avançou na superação. “O grêmio tem sua força, tem tradição na competição, foi assim desde o começo. Nas oitavas passamos contra o Libertad com um a menos; perdemos para o Palmeiras em casa e ganhamos fora. Eu sei que o torcedor não quer que seja assim, com muita dificuldade. Nem nós queremos muita emoção, mas a competição é difícil, tem outros times de qualidade”, comentou.

O confronto de volta está marcado para o dia 23 de outubro. O Flamengo estará desfalcado por De Arrascaeta  – que sofreu uma lesão no ligamento colateral medial e no menisco medial do joelho esquerdo e passará por artroscopia –  e possivelmente de Filipe Luís, que lesionou o ligamento colateral lateral do joelho esquerdo e tratará com fisioterapia. Sobre a lesão do uruguaio, Braz considerou que é um jogador de muita qualidade, “um dos melhores do país, vem atuando muito bem”, mas não acredita que a saída dele do time possa beneficiar o Tricolor. “Eles também tem outros jogadores que podem desequilibrar. Estamos atentos para neutralizar essa forte equipe”.