Felipão pede demissão e está fora do Grêmio

O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, anunciou nesta terça-feira a saída do técnico Luiz Felipe Scolari, em coletiva à imprensa no CT Luiz Carvalho. O treinador não resistiu aos últimos resultados no Campeonato Brasileiro, entre eles a derrota para o Coritiba, no final de semana passado. Felipão deixa o cargo depois de ser anunciado pelo então presidente Fábio Koff no final de julho de 2014. O diretor-executivo Rui Costa e o diretor de futebol César Pacheco permanecem nos cargos.

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Demonstrando um certo abatimento, Bolzan afirmou que a saída de Felipão foi definida após uma conversa com o treinador. O presidente não deixou claro se já tinha a intenção de demitir o técnico, mas comentou que o assunto já havia sido cogitado e dependia apenas de um contato com o Felipão.

"Ele fez as suas avaliações e concluiu que a sua saída seria importante para ele. Nós, desde domingo, já estávamos fazendo uma análise do trabalho, que foi bom, mas não teve resultados satisfatórios. A saída do Felipe era avaliada, mas ele fez isso antes de nós. O Grêmio queria ouvir a posição dele sobre tudo isso", explicou.

Bolzan fez questão de dizer que a imagem de Felipão no Grêmio não sai arranhada. "É bom que fique claro que a história do Felipão não sofrerá um arranhão. É um técnico vencedor e que conquistou muitos títulos com o Grêmio", acrescentou.

O mandatário gremista destacou que nunca houve desentendimentos ou um clima ruim entre Felipão e os jogadores. O dirigente disse ainda que o estilo de cobrança do técnico precisa ser respeitado e nunca causou desarmonia no vestiário. "Após a saída do Felipe, nós tivemos uma conversa com o jogadores e todos estavam chateados, conscientes de que a saída do técnico mostra a necessidade de recuperação", observou Bolzan.

Sem contato com Roth ou Cristóvão

Ao ser questionado sobre quem será o substituto de Felipão, Bolzan negou que tenha conversado com Celso Roth ou Cristóvão Borges. O presidente ainda deu a entender que um nome do futebol gaúcho pode ser contratado. "Não falei com estes treinadores porque acabamos de conversar com Felipão. Seria uma falta de ética fazer isso. O Grêmio também sempre foi formador de treinadores. Tite, Ênio Andrade e o próprio Felipão são exemplos", declarou.

Bolzan garantiu que o processo de contratação de reforços não depende da chegada do treinador. Conforme o presidente gremista, já existem "situações encaminhadas". "Vamos trabalhar de forma intensa para buscar um novo treinador, que pode ocorrer até o final de semana. Nós já temos definidas algumas carências do time e estamos correndo atrás de novos nomes. Se a definição do técnico ocorrer rapidamente, vamos buscar contratações com a ajuda deste profissional", finalizou.