Grêmio aprendeu com derrota para o River e está vacinado contra favoritismo, diz Romildo
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Grêmio aprendeu com derrota para o River e está vacinado contra favoritismo, diz Romildo

Presidente do clube admitiu que existe otimismo para Libertadores, mas pregou que time não pode se deixar levar por isso

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Romildo jantou com torcedor no consulado do Grêmio em Rosario na noite de terça

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A poucas horas da estreia do Grêmio na Libertadores, às 21h30min desta quarta contra o Rosario Central, o presidente do clube, Romildo Bolzan Jr., trabalha para que comentários que colocam o clube gaúcho como um dos melhores do torneio não se tornem um fator negativo na busca pelo tetracampeonato. “Fico orgulhoso de ouvir que somos um dos favoritos, mas não me assombro ou visto o manto da vitória porque sei exatamente como funciona o futebol. Quando menos esperamos levamos um susto”, disse, em entrevista à Rádio Guaíba, relembrando a derrota na semifinal do ano passado, quando a equipe perdeu, de virada, para o River Plate, na Arena. “Estamos completamente vacinados para não nos deixar contaminar por situações externas, euforias de torcedores ou da imprensa. Se o Grêmio não souber o seu tamanho para fazer valer qualquer superioridade que possa ter em campo, não vai chegar em lugar nenhum”, advertiu.

Romildo admitiu que existe, na gestão, um otimismo e um diagnóstico muito positivo sobre as possibilidades no campeonato, mas a forma como a equipe terminará o torneio é uma incógnita. O psicológico, analisou, é um fator que pode ser negativo na primeira partida. “Tenho extrema preocupação com o aspecto emocional. Todas as tendências nos levam a dizer que vamos fazer um bom jogo, não vamos deixar a contaminação de otimismo e euforia nos deixam numa situação de facilidade, que as coisas venham ao natural. Não é assim. Só vamos vencer se tivermos força e fizermos um valer uma supremacia técnica se por acaso tivermos na partida”, analisou.

Esse sentimento se dá sobretudo pela ótima campanha do tricolor gaúcho na temporada e pela má fase do adversário - são nove jogos sem vencer. O dirigente minimizou a questão e considerou essa uma das suas maiores preocupações. “Há muito tempo não ganham no seu estádio e, por isso, a Libertadores se torna um campeonato para eles viraram a chave. Com esse torneio, mudam os conceitos, os valores, a força de vontade, e eles saem do foco ruim que estão”, avaliou. O presidente explicou que não há momento ruim que dure para sempre e, por isso, os argentinos terão que vencer em alguma hora. Avaliou também que o Grêmio já perdeu para times em crise, mas garantiu que, esta noite, não vai deixar que eles façam sua recuperação sobre o Grêmio.

O presidente espera que o “Rosário venha arrasador e para cima”. “Principalmente nos primeiros 20 minutos, se não fizerem gol, muda o enfoque do jogo, o aspecto emocional está todo transferido para o lado deles”, disse. Romildo ainda comentou que a equipe técnica tem todas as informações necessárias para fazer uma boa partida e que avaliou todos os elencos, defendendo que o elenco tem capacidade de superar qualquer situação adversa. Projetando as próximas partidas pela Libertadores, Romildo avaliou que sempre considerou o Club Libertad, que conquistou a última vaga no grupo H ao bater o Nacional de Medellín, mais time. Os paraguaios golearam a Universidad Católica na noite de ontem por 4 a 1. "É muito competitivo. Acho que vencê-los é mas difícil de bater no Paraguai do que o próprio Peñarol, por exemplo. Eles se superam e marcam mais os time técnicos". 

A final da competição ocorre em 23 de novembro, em decisão em Santiago, no Chile. Romildo sabe que o caminho até lá é difícil, mas enxerga com bons olhos a possibilidade de enfrentar o rival Inter na disputa pela taça. “Torço para que isso aconteça, o Rio Grande reforçaria seus valores, princípios, sua força futebolística e teríamos um encerramento de gala. Espero que não nos cruzamos antes da final. Digo isso porque o GreNal é o símbolo do Estado e pode ser um símbolo da América também", analisou.

Reforços

Mesmo com um plantel experiente, o dirigente admite que “o Grêmio ainda procura um zagueiro e se tiver alguma situação durante o campeonato que possa mostrar necessidade de equilíbrio de plantel", será avaliado. “Não vamos deixar de ofertar todas as condições ao treinador para que ele possa desenvolver plenamente o seu trabalho e nos levar a títulos”, disse. Falando sobre o lateral Rafael Galhardo, que desembarcou nesta quarta em Porto Alegre para assinar contrato até o final do ano, Romildo falou que “é um jogador que conhece o clube, mas não vem pela titularidade, vem para formar grupo”.

Para o presidente tricolor, “dinheiro é ótimo, mas não resolve todos os problemas. “É preciso sempre o melhor diagnóstico. As duas coisas têm que andar juntas”, comentou. O bom início de ano do clube pode ser entendido como um reflexo da gestão financeira. “Trabalhamos em uma situação de equilíbrio absoluto e isso é perseguido obstinadamente todos os dias porque se não tivermos essa capacidade de resolução interna das nossas contas, teremos problemas em algum outro setor lá na frente. O conselho de administração do clube trabalha de uma maneira muito disciplinada para atender esses conceitos e objetivos”, explanou.


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