Grêmio cobra plano de recuperação e prazo para usar a Arena, em meio a confronto com gestora
Presidente Alberto Guerra e gestão do estádio gremista entraram em rota de colisão na última quarta-feira
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Antes nos bastidores, o desconforto entre o Grêmio e a gestão da Arena se tornou público na última quarta-feira com troca de manifestações e seguiu ganhando capítulos na tarde desta quinta-feira. Em nota, o Tricolor respondeu a manifestação da gestora do estádio gremista e cobrou um plano de recuperação e um prazo para voltar a mandar jogos no local após a devastação das enchentes no Rio Grande do Sul.
No comunicado, o Grêmio apontou sete pontos de reflexão sobre o tema e finalizou com recado ao Ceo da Arena, Mauro Araújo. "Por fim a Diretoria do Grêmio repudia as manifestações públicas do Sr. Mauro Araújo, imputando ao clube responsabilidades que são exclusivas da Arena, e reforça a questão central: onde está o plano de recuperação da Arena? Em qual data o Grêmio vai voltar a mandar os seus jogos no estádio?", diz trecho.
Esse é o segundo posicionamento oficial gremista sobre o tema. Na noite de quarta-feira, o presidente Alberto Guerra se antecipou a nota emitida pela Arena – que criticava a medida judicial - e esclareceu o posicionamento do clube. Em contraponto ao que alega a gestora, o Tricolor afirma que "propôs medida judicial para garantir o cumprimento, pela diretoria da Arena, das regras contratuais que dão ao clube a prerrogativa de aprovar e fiscalizar a destinação dos recursos advindos da cobertura de seguro".
Confira a manifestação gremista
Diante das manifestações da Arena Porto Alegrense, o Grêmio esclarece:
1. Ninguém mais do que o Grêmio, seus associados e torcedores, querem o imediato retorno à Arena;
2. Todas as tentativas feitas pelo Grêmio para obter junto ao Sr. Mauro Araújo, diretor-presidente interino da Arena, informações sobre a extensão dos danos, execução de obras e serviços de reparação e, principalmente, previsão de retorno, foram frustradas;
3. O Grêmio participa de 3 competições simultâneas, manda seus jogos na casa de terceiros, e não consegue planejar seu futuro em Porto Alegre exclusivamente por conta da falta de informações básicas sobre o plano de recuperação;
4. O Grêmio tem justificado receio de que os valores da indenização do seguro da Arena tenham também outras aplicações, conforme já se viu em ocasiões anteriores, quando a direção da Arena destinou recursos para fins diferentes do seu objeto social e daqueles previstos em contrato com o Grêmio;
5. Diante desse cenário grave, pressionado pela necessidade do imediato retorno das atividades do Estádio, o Grêmio propôs medida judicial para garantir o cumprimento, pela diretoria da Arena, das regras contratuais que dão ao clube a prerrogativa de aprovar e fiscalizar a destinação dos recursos advindos da cobertura de seguro;
6. A ordem judicial não atrasará a execução das obras e serviços e tampouco a aquisição de equipamentos pela Arena, visto que é o Grêmio o maior interessado na imediata retomada de suas atividades no estádio, e que o retorno à situação de normalidade deve-se dar no menor tempo tecnicamente possível, conforme reconhecido em contrato e na decisão judicial em referência;
7. Por fim a Diretoria do Grêmio repudia as manifestações públicas do Sr. Mauro Araújo, imputando ao clube responsabilidades que são exclusivas da Arena, e reforça a questão central: onde está o plano de recuperação da Arena? Em qual data o Grêmio vai voltar a mandar os seus jogos no estádio?