Grêmio se prepara para uma mudança de fotografia no vestiário
Após troca de técnico e saída de quase um time inteiro, chega a hora de providenciar reposição de titulares e reservas

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Fosse como antigamente a preocupação da torcida do Grêmio seria maior. Há algum tempo, a numeração dos principais jogadores não é mais disposta do tradicional ‘1 ao 11’. Ainda assim, a perspectiva a menos de uma semana da reapresentação do elenco agora sob comando de Gustavo Quinteros, por ora, não é animadora. Há reposições e acréscimos na ordem do dia. Se fosse da época da escalação feita do 'goleiro ao ponta esquerda', metade das camisas do time principal estaria à espera de um novo dono. Nesse cenário, os dirigentes tentam fechar as primeiras contratações.
O setor defensivo, até pelas saídas em maior número, deverá puxar a fila. Benjamín Kuscevic, 28 anos, que disputou o Brasileirão pelo Fortaleza, mas pertence ao Coritiba não teve o direito de compra exercido pelos cearenses, abrindo flanco para o Grêmio agir. "Não acertou. Se mostrou inseguro, mas vai bem na seleção chilena", avalia Paulo Vinícius Coelho, colunista do UOL referindo-se a passagem do zagueiro pelo Palmeiras, de 2020 a 2022. Foi em 2019 pela Universidad Católica que o jogador de nacionalidade também croata trabalhou com o novo técnico gremista. "É um cara muito bom de grupo, querido por aqui. De índole boa e de postura parecida com a do Kannemann", completa um funcionário do vestiário do Fortaleza. Ele disputaria a número 3 com Jemerson, caso o titular em 2024, resolva deixar a 28.
A lateral direita há duas temporadas é de João Pedro, camisa 18. A 2 está vaga com a aposentadoria de Fábio. Nesta posição está o nome mais próximo da Arena. Em São Paulo é dada como certa a vinda de João Lucas, 26 anos, atleta do Santos, mas com destaque no Juventude ano passado. "Acho muito bom jogador. Oscila um pouco, mas o saldo é positivo. É equilibrado na marcação e bom de apoio", opina Gilberto Júnior, narrador da Rádio Caxias. A outra lateral também está vaga com a saída de Reinaldo. Ou seja, a 6 está pendurada no cabide. Marlon, do Cruzeiro, segue nos planos.
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Do meio para frente estão 'sobrando' a 7 e a 8, órfãs com a recente saída de Soteldo e a mais antiga de Carballo. Villasanti, um dos capitães do time e titular absoluto, veste a 20 e um volante 'camisa 5' só não será literal, pois o número pertence ao zagueiro Rodrigo Ely. A função de um marcador mais firme dos que demais do elenco está entre as prioridades. A 10 é de Cristaldo, que pode ter Monsalve ao seu lado mais seguidamente em 2025. Ele usa a 11 de titular, mas teve aproveitamento de reserva com Renato.
No ataque, há menor urgência. Aravena, 18, e Braithwaite, 22, terminaram o ano em alta, ao contrário do 9 Arezo, mas que sobe um degrau na hierarquia de centroavantes com a vaga deixada por Diego Costa. E ainda há André Henrique que sofreu com lesões e pouco jogou. Para ser uma alternativa para as beiradas e até pelo meio, Niclas Eliasson, sueco, mas filho de mãe brasileira, do AEK, da Grécia, é um nome avaliado. Quem o conhece diz tratar-se de um jogador muito competitivo e que agregaria no nível do futebol brasileiro. Ele tem 29 anos e poucos gols na carreira.