Grêmio tem vitória na justiça contra o Foz Iguaçu no caso Pepê
Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF determina que Tricolor não tem pagamentos a fazer aos paranaenses

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Enquanto dentro das quatro linhas segue focado nas derradeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, o Grêmio conseguiu, na Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF (CNRD), uma importante vitória no caso que envolvia a venda do atacante Pepê para o Porto, de Portugal, que aconteceu em 2021. O órgão determinou que o Tricolor não precisará pagar mais nenhum valor ao Foz Iguaçu, do Paraná.
O clube paranaense era detentor de 30% dos direitos econômicos do jogador, que foi negociado por cerca de R$ 98,6 milhões há três anos. Ou seja, o Foz cobrava R$ 29,58 milhões. Porém, o Dourado da fronteira chegou a vender seu percentual para terceiros, o que não é permitido, culminando na perda da causa na CNRD − depois, desfez esse negócio. Com isso, os gaúchos estão livres de punições da CBF e Fifa.
Desde o princípio, o Grêmio afirmou que nunca se recusou a repassar esse valor. Entretanto, a controvérsia sobre o destinatário do montante fez com que o Tricolor freasse o pagamento e buscasse esclarecimentos. Em dezembro do ano passado, o clube gaúcho divulgou um comunicado sobre o caso: “O Grêmio rechaça a versão apresentada pelo Foz do Iguaçu e se manifestará nos autos do processo, foro escolhido pelo próprio Foz para a resolução da questão”.
Pepê segue no Porto, onde soma 163 jogos, com 24 gols marcados e 26 assistências distribuídas. Neste ano, o atacante foi convocado pelo técnico Dorival Júnior para a Seleção Brasileira. Ele esteve presente no grupo do Brasil que participou da Copa América, sendo eliminado nos pênaltis para o Uruguai nas quartas de final. Cobiçado por clubes europeus, ele pode render aos cofres do Grêmio. Se for vendido, O Tricolor terá direito a 12,5% do lucro do Porto em uma nova negociação.
Se com o Foz Iguaçu está tudo resolvido, o mesmo não dá para dizer em relação ao Cascavel, também do Paraná. “O Grêmio não nos pagou, não nos atende e não nos deixou outra alternativa a não ser levá-lo à Fifa”, disse o presidente Valdinei Silva, em contato com o CP.
O Cascavel cobra o Tricolor pela falta de repasse dos valores da venda de Bitello para o Dínamo Moscou, da Rússia, da Rússia, em setembro do ano passado, por 10 milhões de euros (R$ 52 milhões, na cotação da época). Detentor de 30% dos direitos, os paranaenses têm direito a receber cerca de R$ 15 milhões. “O Grêmio não pagou o Cascavel. Está devendo parte da primeira parcela, toda a segunda parcela, mais as multas e correções monetárias. Tudo previsto em contrato feito pelo próprio Grêmio”, finalizou Silva.