Ninguém esperava de Renato Portaluppi uma análise sensata das causas da derrota no Gre-Nal 443, no sábado. E ela realmente não veio. Irritado, o técnico mais uma vez lembrou dos problemas causados ao time pelas enchentes, disse que o Grêmio não jogou uma má partida e minimizou os efeitos de sua folga prolongada − após quatro dias de descanso para todo o grupo na sequência da derrota para o Atlético-MG, na rodada passada, o grupo todo voltou ao trabalho na segunda-feira, mas o técnico estendeu o descanso por mais um dia, retornando a Porto Alegre na terça-feira.
O presidente Alberto Guerra afirmou que a folga extra dada a Renato estava programada e já havia sido explicada pelo vice de futebol, Antônio Brum. Guerra fez coro com Renato e também afirmou que o Grêmio não corre riscos. Porém, não garantiu a permanência do técnico em 2025: “A gente vai avaliar isso (permanência de Renato) no final do Campeonato. Vamos até o final com o que a gente tem, buscando sair dessa situação incômoda e classificando o Grêmio para uma competição sul-americana”.
“Nos últimos anos, o Grêmio venceu campeonatos e Gre-Nais. Os colorados, com todo o respeito, ficam satisfeitos quando ganham Gre-Nal, mas não ganham campeonato (...). Perdemos os últimos três clássicos (na verdade, são quatro), mas continuamos conquistando títulos. Ninguém gosta de perder, mas a única alegria que os colorados têm é ganhar o Gre-Nal”, provocou.
Além disso, Renato, apesar de o resultado ter aproximado o time da zona de rebaixamento, voltou a dizer que o Grêmio não tem motivos para preocupar-se com nova queda. “Alguns se contentam com pouco, outros se contentam com bastante”, disse. Em sua entrevista, o técnico também evitou projetar a sua permanência no comando da equipe.
