Koff lembra que Renato quase deixou Grêmio antes do Mundial
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Koff lembra que Renato quase deixou Grêmio antes do Mundial

Presidente teve que lidar com comportamento rebelde do camisa 7

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Renato quase deixou o Grêmio pouco antes do Mundial

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Recordar 1983 para os gremistas é quase como cruzar o passado com o presente. Sentado na cadeira da presidência, no estádio Olímpico, onde também deliberava os assuntos há 30 anos, o presidente Fábio Koff recorda com riqueza de detalhes o título mundial que o eternizou na história do clube. Entre outras tarefas, tinha que conter um Renato Portaluppi rebelde, segundo suas próprias palavras.

O atacante que imortalizou a camisa 7 quase deixou o Grêmio por duas vezes antes dos dois gols marcados em Tóquio. A segunda, perto da viagem para o Japão, fruto da rebeldia de um jovem que recém tinha completado 21 anos. O presidente gremista relembra com exatidão quando quase mandou Renato de volta para Bento Gonçalves.

Ao chegar para treinar em um sábado à tarde, o atacante entrou em alta velocidade no pátio do Olímpico, repleto de pais e mães que acompanham as crianças que treinavam na escolinha, e deu o azar de cruzar por Koff no caminho. “Estou entrando no Olímpico e passa o Renato por mim em uma velocidade incompatível e dá uma freada brusca. Falei para multá-lo na mesma hora em 20% do salário. Em meia-hora, vieram ele e o Valdir Espinosa na minha sala. Naquele jeito dele, o Renato disse que não aceitava, que se fosse assim ia voltar a ser auxiliar de padeiro em Bento Gonçalves. Mandei ver o que estávamos devendo para ele para rescindir o contrato. O Espinosa ficou branco. Um pouco depois, voltam os dois. O Renato então pergunta se pode pagar a multa com o bicho do mundial”, recorda, rindo da história.

Antes de brilhar, em 1982, Renato quase foi parar no Operário em uma troca para trazer um meia ao Grêmio. “Em uma posição iluminada, disse que o Renato ia ficar. E mais, ia subir para os profissionais. O treinador era o Ênio Andrade. Passou todo o ano no banco de reservas. Foi ser titular na última partida, na decisão do Brasileirão, contra o Flamengo, e acabou com o jogo”, salienta o mandatário.

Recordar a conquista para Koff é também relembrar as dificuldades vividas no ano anterior, até as glórias vividas em 1983. “Talvez tenha sido, de todas as emoções vividas, a mais importante. Fizemos uma aposta de ganhar a Libertadores, mas o Mundial era uma coisa muito distante”, destaca.

A temporada anterior havia sido complicada. “Eu sofri a maior contestação que um presidente de clube pode enfrentar, com pichação de muros na rua, com comentários maldosos, com uma convivência muito difícil interna. Mas a Libertadores me aliviou de toda a pressão pelo simples de fato de termos sido vices no Brasileiro, e não campeões. Então, o Mundial foi o coroamento de uma história que começou de maneira muito penosa”, acrescenta.

Mesmo que fale de Renato com um carinho praticamente paternal, o mandatário gosta de exaltar a todos. “O De León era um zagueiro que sabia sair jogando, extremamente técnico. O China, um jogador utilíssimo na frente da zaga. Teve o Tita no primeiro semestre e o Mário Sérgio no segundo, com uma qualidade técnica impressionante. O Osvaldo, que era um jogador com talento raro. Surgiu o Paulo Roberto. Tinha o Baidek para espantar todo mundo. O Espinosa, muito inteligente, com uma leitura de jogo muito boa. O preparador físico, o Ithon Fritzen, também era diferenciado”, relata.

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