Poupar na Libertadores não é algo inédito para Renato no Grêmio

Quando o nome do The Strongest saiu de dentro de uma das bolinhas no sorteio da Libertadores para se tornar o adversário da estreia do Grêmio no Grupo C, provavelmente Renato não gostou muito. Não somente pela altitude de 3.600m de La Paz, pela logística e tempos necessários para chegar lá, mas pelo jogo estar marcado entre as finais do Gauchão, algo ainda incerto para o Tricolor, é verdade.

Por ora, o Grêmio tem a vantagem diante do Caxias por ter vencido no Centenário por 2 a 1. Joga pelo empate na Arena para se classificar e pegar o ganhador de Inter x Juventude. Certamente a questão de poupar ou não os titulares da viagem para os Andes, caso chegue na decisão, está sendo discutida no clube desde segunda-feira à noite. Agora uma hipótese, em 2017, o fato realmente ocorreu.

No dia 20 de abril daquele ano, pela terceira rodada da fase de grupos, Renato preservou quase o time todo, em Assunção contra o Guaraní, do Paraguai. Pedro Rocha fez o gol de empate por 1 a 1, após lançamento de Arthur, que já pedia passagem entre os titulares.

A escalação teve: Marcelo Grohe; Edílson, Rafael Thyere, Bressan e Bruno Cortez; Jaílson, Michel, Fernandinho (Kaio), Arthur e Lincoln (Pedro Rocha); Lucas Barrios (Everton). O motivo de poupar os principais jogadores era o jogo de volta da semifinal do Campeonao Gaúcho três dias depois e a necessidade de vencer.

Contra o Novo Hamburgo, no Estádio do Vale, novo 1 a 1, gol de Barrios e eliminação nas cobranças de pênaltis. Maicon, Barrios, Ramiro, Luan, Marcelo Oliveira e Arthur converteram. Porém, Lincoln, Pedro Rocha e Kannemann desperdiçaram.

Dias depois, o time do interior viria a se tornar campeão inédito do Gauchão derrotando o Inter na final também nos pênaltis. Já o Grêmio demoraria mais para uma volta olímpica. Em novembro, o clube sagraria-se tricampeão da América ao bater o Lanús, primeiro em Porto Alegre, e depois em Buenos Aires.