Halterofilistas russos são suspensos por doping
Alexei Lovchev, campeão mundial, está entre os atletas afastados
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Ele foi suspenso em dezembro depois de ser flagrado em exame antidoping com a substância ipamorelin, um hormônio peptídeo proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada). Técnico de Lovchev e da seleção russa, uma das mais fortes do mundo, Alexander Venkov também foi suspenso, agora pelo Ministério do Esporte da Rússia. Também o treinador da seleção feminina, Alexander Vidov, está proibido de trabalhar.
De acordo com o ministro do Esporte da Rússia, Vitaly Mutko, os dois treinadores foram punidos com base na investigação sobre o doping de Lovchev. Inicialmente, Mukto, homem-forte do esporte russo, defendia que o atleta havia consumido a substância em uma medicação tomada legalmente.
A ausência de Lovchev na Olimpíada pode ser boa para o Brasil. Fernando Reis Saraiva foi apenas 11.º colocado no Mundial (será elevado ao 10.º lugar com a punição ao russo), mas, com 425kg, ficou abaixo dos 440kg que pretendia levantar na soma do arranco e arremesso.
Sem Lovchev, o favorito ao título olímpico passa a ser Lasha Talakhadze, de Geórgia, que levantou 454kg em Houston. Abaixo deles, exceto os iranianos, nenhum outro atleta está acostumado a levantar 440kg. Entre os halterofilistas que passam de 435kg deve ficar a briga pelo bronze e até a prata.
No levantamento de peso, diferente de qualquer outra modalidade, os países conquistam cotas de credenciais para um evento (Olimpíada e Mundial, por exemplo) e podem dividi-las entre as categorias de peso da maneira que desejarem. Por isso, um atleta que é o quarto melhor do mundo em uma determinada categoria pode ficar fora da Olimpíada para que um compatriota que é o terceiro em outra subdivisão possa ir.