O árbitro goiano Wilton Pereira Sampaio que comandou Inter e Flamengo, no domingo, descreveu na súmula da partida xingamentos e a pressão feita pelo executivo de futebol do Colorado, Rodrigo Caetano, após o apito final no Beira-Rio. Durante a coletiva de imprensa, o dirigente fez questão de demonstrar o seu descontentamento, inclusive, lembrando da participação do juiz na final da Copa do Brasil, contra o Athlético-PR, em 2019, e afirmando que o Inter não pode “passar papel de bobo”.
“Informo ainda que, após o término da partida, o senhor Rodrigo Vila Verde Caetano, diretor de futebol do S.C. internacional, esperava a equipe de arbitragem na zona de acesso aos vestiários. Tivemos que nos dirigir ao nosso vestiário sob escolta policial e, durante todo o trajeto, do início do túnel à porta do nosso vestiário, o diretor citado proferiu ostensivamente e com dedo em riste as seguintes palavras: " na final da Copa do Brasil você não deu 07 (sete) minutos, hoje deu 07 (sete) por que era pro Flamengo? Bota meu nome aí na súmula, pode botar. Você nos tirou a Copa do Brasil, veio armado na Copa do Brasil e hoje também. Você também bandeira, a bola saiu porra. Vai tomar no * ", descreveu Wilton Pereira.
De posse da súmula, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça irá analisar o documento e definir se apresentará denúncia contra Rodrigo Caetano. A tendência é que o dirigente seja denunciado de acordo com o artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto, que prevê suspensão entre 15 a 90 dias e multa entre R$ 100 e R$ 100 mil.
Na coletiva, além de lembrar da arbitragem de Wilton Sampaio na final da Copa do Brasil, em 18 de setembro de 2019, Caetano reclamou de um lance na lateral direita do gramado “quase no final do jogo, que a bola sai quase 50 centímetros e o bandeira mandou seguir”. O dirigente ainda destacou que o juiz “acrescentou muito tempo” após o Inter fazer o gol nos acréscimos contra o Palmeiras, em jogo disputado no Allianz Parque, em São Paulo, pelo Brasileiro.
Correio do Povo