Último Gre-Nal contrariou para o Inter ditado de que vitória no clássico “arruma a casa”
Coudet deu lugar a Roger 15 dias após o triunfo sobre o Grêmio
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Tem sido comum na roda de conversas entre colorados a seguinte hipótese: “Se o Roger tivesse chegado um pouquinho antes...” A incerteza encontra uma vírgula com uma pequena pesquisa. A distância entre a chegada do atual treinador e a saída de seu antecessor, além de pequena, esconde algo que só um Gre-Nal, como o que se avizinha, é capaz de explicar.
O político Ibsen Pinheiro cunhou uma frase para a posteridade sobre o clássico: “Gre-Nal arruma ou desarruma a casa”. Aos colorados do céu, o ex-dirigente deve estar dando explicações até agora desde o último vencido pelo Inter por 1 a 0. “O resultado, comemorado pelos jogadores sobre o gramado do Couto Pereira como um título, mantém o embalo do time colorado no Campeonato Brasileiro, aproximando-o dos líderes”, disse o Correio do Povo em 24 de junho. Duas semanas depois Eduardo Coudet não era mais o técnico.
A vitória diante do rival serviu, curiosamente, iniciou uma sequência negativa a ponto de distanciar definitivamente o time da ponta da tabela gerando uma mudança drástica de rota da gestão. Das convicções antigas para soluções caseiras. Afinal de contas foram 12 jogos sem vitória a partir dali, eliminações nas Copas do Brasil e Sul-Americana, mesmo com a volta ao Beira-Rio recuperado depois da enchente.
Saiu uma comissão técnica estrangeira e chegou uma conhecedora da entranhas da aldeia e das armadilhas da rivalidade regional. Muito mais do que a troca de agentes políticos no futebol, passou a existir a presença de D´Alessandro no vestiário, alguém totalmente ciente do tamanho do clube e da capacidade de remobilização estampada pela volta do torcedor à casa colorada.
O início de Roger também foi difícil com derrota na estreia seguida de quatro empates até finalmente o 2 a 1 sobre seu ex-time, o Juventude. Este é o ponto da recuperação em curso do Inter invicto há 12 jogos no Campeonato Brasileiro. Competição onde restam dez rodadas que põem na mesa a temporada de 2024 e abrem a perspectiva para 2025. Se haverá reticências ou vírgulas a partir do próximo sábado será preciso capacidade de enxergar além do resultado de campo.