Apatia, displicência e cobranças: o roteiro da queda do Inter no Gauchão
Dirigentes, Coudet e jogadores buscam remobilização após queda do Gauchão dentro do Beira-Rio
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Apatia, displicência, desclassificação e cobranças dentro do vestiário, nesta ordem. Este é o roteiro do mais recente fracasso do Inter, agora no Gauchão. Fora da disputa pelo título, após empate no tempo normal por 1 a 1 e derrota nos pênaltis, na noite de segunda-feira, diante de um Beira-Rio com mais de 40 mil torcedores, os colorados buscam reagrupar-se e encontrar solução para os problemas mostrados nos dois jogos contra o Juventude. O objetivo, claro, é buscar a recuperação nas competições que restam na temporada, começando pela Copa Sul-Americana.
Em princípio, a alegação utilizada por Eduardo Coudet de que não pode usar todos os reforços não cabe. Os dirigentes creem que o grupo à disposição, mesmo sem Borré, Fernando e Thiago Maia, era superior aos concorrentes. Na verdade, apatia foi um dos motivos, segundo diagnóstico dos próprios dirigentes, para o time colorado não ter conseguido impor-se nem no Alfredo Jaconi nem no Beira-Rio.
"Futebol movimenta milhões. É uma coisa séria. Temos a necessidade de estarmos 100% focados. Não só hoje, mas também na partida anterior (no Alfredo Jaconi), a gente viu um adversário agrupado, forte e dividindo. Nós tivemos dificuldades. Eu não vou individualizar, mas podem ter certeza que já tivemos cobranças e elas serão ainda maiores", prometeu o presidente Alessandro Barcellos, logo após a partida, ainda no Beira-Rio.
No vestiário, após o jogo, jogadores mais experientes como Alan Patrick e Rochet, fizeram cobranças aos mais jovens, principalmente a Maurício e Robert Renan. O primeiro foi expulso no meio do segundo tempo, quando o Inter acabara de empatar e era melhor em campo, indicando uma possível virada. O zagueiro, por sua vez, foi displicente na sua cobrança de pênalti, optando por uma batida de “cavadinha”. Uma punição a Robert Renan, pelo menos, não é descartada.
“Fizemos um investimento importante, dentro da nossa necessidade de conquistar títulos. Esses investimentos precisam se refletir em cada gesto e em cada detalhe. Eu já disse aos atletas que não falta nada dentro do vestiário e no clube. O que vocês imaginarem de condições de trabalho, a gente está entregando. E vamos cobrar os resultados. Trabalhamos assim, sempre com transparência. Mas tenho certeza que ainda teremos uma temporada de vitórias e de conquistas. Que essa desclassificação, que é muito doída, sirva como lição”, continua o presidente Barcellos.
Ontem, o treino foi fechado mais uma vez. E, de novo, houve conversa dos dirigentes com os jogadores e a comissão técnica.
