Campanha de Roger no Brasileirão pelo Inter supera o melhor desempenho do técnico no Grêmio de 2015
Naquele ano o treinador conduziu o Tricolor ao terceiro lugar, mas o aproveitamento de 2024 no Beira-Rio foi superior, mesmo com o Colorado na quinta posição
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Roger Machado começou a carreira de treinador no Juventude uma década atrás quando deixou a função de auxiliar técnico no Grêmio para tentar voo solo. Depois de Caxias do Sul, ele esteve em Novo Hamburgo comandando o Noia até retornar para dirigir o Tricolor pela primeira vez em 2015. Desde então construiu uma trajetória por grandes clubes do cenário nacional e voltou a ter destaque em 2024, no primeiro semestre com o trabalho no próprio Juventude e nos últimos meses de novo em Porto Alegre, mas de vermelho liderando a campanha de recuperação do Inter.
Foi no Campeonato Brasileiro de 2015 que Roger chamou a atenção pelo desempenho do time do Grêmio sem grandes estrelas. Assumiu na quarta rodada e cunhou uma trajetória de 19 vitórias, 7 empates e 9 derrotas, resultando em um aproveitamento de 60,9%. A equipe terminou aquela competição no terceiro lugar com 68 pontos, 13 atrás do campeão Corinthians. Depois o técnico passou por Atlético Mineiro, Bahia, Palmeiras e Fluminense, mas em nenhum deles foi tão longe no Brasileirão. Até 2024.
Roger fazia sucesso quase absoluto na primeira metade do ano no Juventude. Depois de perder a decisão do Gauchão, vendendo caro o título para o Grêmio na Arena, o Ju vinha de classificações contra o Inter no estadual e na Copa do Brasil. Não por outro motivo o treinador foi tirado do Alfredo Jaconi para resolver as coisas no Beira-Rio. Resolveu e ainda melhorou. E muito.
No Brasileirão a recuperação foi tamanha a ponto de classificar o time com antecedência para a fase de grupos da Libertadores da América 2025. Além de mudanças na fotografia da equipe, a forma de jogar novamente despertou a atenção comprovada pelos números do quinto colocado com 65 pontos, mesmo longe dos 79 do campeão Botafogo. Em 25 jogos foram 13 vitórias, 7 empates e 5 derrotas, as três últimas que encerraram quase um turno de invencibilidade. O aproveitamento terminou de 61,3%. Ou seja, 0,4 de diferença da melhor campanha de Roger até então, no Grêmio de uma década atrás.