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Comissão de conselheiros do Inter rechaçará plano de debêntures

Principal problema do projeto é que o Beira-Rio seria dado em garantia aos R$ 200 milhões captados no mercado. Negócio ainda passará pelo Conselho Deliberativo

Beira-Rio seria dado como garantia aos investidores
Beira-Rio seria dado como garantia aos investidores Foto : RICARDO DUARTE / INTER / CP

A comissão de conselheiros formada para analisar o plano de debêntures, que o Inter projeta lançar no mercado desde o início do ano, concluiu o trabalho. Por maioria de seus integrantes, ela optou por não indicar o prosseguimento do projeto, que prevê a captação de R$ 200 milhões no mercado para pagamento em um prazo de até cinco anos, com juros mais baixos do que os praticados por bancos.

O problema, segundo os conselheiros que se debruçaram sobre o plano, é que a principal garantia que seria dada aos investidores é o Beira-Rio. Importante ressaltar que o projeto de lançamento de debêntures, por si só, é um ato de gestão. Ou seja, não dependeria da aprovação do Conselho Deliberativo. Porém, como o Beira-Rio é a garantia, o tema precisa da aprovação dos conselheiros.

Por outro lado, a mesma comissão vai indicar que não houve gestão temerária por parte da diretoria liderada pelo presidente Alessandro Barcellos entre 2021 e 2023. Com isso, a acusação, que poderia ter como consequência o impedimento de Barcellos, deverá ser arquivada pelo Conselho.

Ambos os temas − debêntures e gestão temerária − serão discutidos em uma reunião do Conselho Deliberativo que ainda não foi marcada, mas deve ocorrer no dia 16 de dezembro. Como a comissão não tem como finalidade decidir sobre os temas, mas apenas apresentar um parecer a respeito deles, ambos passarão por votação dentro do CD.

Ou seja, mesmo que o plano de debêntures tenha sido rechaçado pela comissão, ele pode ser acolhido pelos conselheiros. O mesmo ocorre com a possibilidade de gestão temerária.

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