Comissão de sindicância do Inter terá até 60 dias e dará espaço para o contraditório
Integrantes deverão evitar entrevistas durante o período de trabalho de análise das contas 2015 / 2016
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“A responsabilidade é muito grande e é uma situação que nenhum colorado gostaria de passar, mas nenhum dos conselheiros pode fugir deste convite. Está será a última vez, em 30 dias, que falarei com a imprensa. Enquanto não concluir o trabalho, não dou mais entrevistas, pois são nomes de pessoas que prestaram serviços enormes para o Inter que estão envolvidos e não vou fazer um trabalho leviano. As pessoas terão todo o direito ao contraditório”, afirmou Amarante.
“Estamos fazendo uma mudança de paradigma em qualquer situação dos clube brasileiro. O Sport Club Internacional, a instituição, não irá varrer para baixo do tapete nenhuma sujeira, mas também não vai colocar na lama o nome de qualquer pessoa”, completou o conselheiro.
O presidente da comissão irá orientar os demais integrantes, Vitor Hugo Zaideli, relator; Emílio Papaléo, Paulo Roberto Carvalho, Luiz Antonio Lopes e Evandro Rodrigo, a também não conceder entrevistas durante os 60 dias de trabalhos. Segundo Amarante, se as informações contidas no relatório forem confirmadas, a “situação é grave”.
“O trabalho apresentado identificou risco. Não disse risco de fraude. Estamos em situações de risco, que temos que avaliar para ver se os procedimentos estavam corretos e se realmente esse risco leva a alguma situação de fraude ou qualquer outro adjetivo em relação a essa situação”, declarou o responsável pelo trabalho. “Se aliviar para qualquer pessoa, sob quaisquer circunstâncias, deixo de ser colorado”, concluiu.
Conselheiros conheceram o relatório na terça-feira
Na noite de terça-feira, o relatório foi apresentado aos conselheiros em reunião do Conselho Deliberativo. Nem o presidente Vitorio Píffero, nem os principais dirigentes da gestão passada, que foi alvo do estudo da Ernst & Young, compareceram ao encontro, que ocorreu no Beira-Rio.
Os auditores, por exemplo, apontaram o "risco" na contratação de serviços, principalmente de obras. Também relataram a existência de notas fiscais seriadas, que justificariam gastos, e adiantamentos de vários milhões de reais de "forma descontrolada" e "fora do usual".
A expectativa é que o resultado da comissão ocorra até o dia 6 de novembro, quando encerra o prazo dos 30 dias legais e mais os 30 dias de prorrogação, se for necessário.