Coudet rejeita favoritismo do Inter no ano: "tranquilidade no futebol brasileiro só dura dois dias"
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Coudet rejeita favoritismo do Inter no ano: "tranquilidade no futebol brasileiro só dura dois dias"

Em entrevista ao CP e à Rádio Guaíba, treinador evita colocar time como um dos principais postulantes a título

Fabrício Falkowski

Treinador não mede as palavras para falar

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Eduardo Coudet é um técnico que fala o que pensa. É franco, mesmo que isso lhe traga algum ônus eventualmente. Ontem, em entrevista exclusiva ao CP e à Rádio Guaíba, ele repetiu a fórmula. Reafirmou que quando foi contratado, no final do ano passado, lhe prometeram a formação de um “super Inter”, rechaçou a venda de outros jogadores do seu grupo atual (embora os dirigentes afirmem o contrário) e evitou apontar a sua equipe como um dos principais postulantes a qualquer dos títulos em disputa até o início de 2021.

“Sou responsável sim pelo Inter, mas para ser o responsável total, para dar certeza de ser campeão, faltam outras coisas. Me encantaria ter a responsabilidade. Gostaria que me dissessem: 'Chacho, te trago esses cinco jogadores e tu vai ser campeão’. Seria fantástico, mas a realidade não é essa”, afirmou o técnico, que compreende a exigência da torcida: “Trocou tudo desde quando foram me buscar (na Argentina). Tudo é lindo, mas quando começa o jogo, dizem Cacho, tem que ganhar. Assim é o futebol. A regra do jogo é assim e eu entendo perfeitamente. A verdade é que falamos de jogadores importantes, de muita hierarquia. Mas veio essa situação da pandemia. Eu queria seguir trabalhando aqui. Entendi a situação. Não foi algo que foi prometido e não foi tentado. Simplesmente não foi possível. Tem que entender e eu entendi”.

Por outro lado, repetiu o que parece ser o seu mantra: o apego ao trabalho, a atenção aos detalhes. “Temos que trabalhar para corrigir os nossos erros sempre. É preciso estar atento para olhar os pontos positivos do time, mas também trabalhar para melhorar sempre todos os dias”.

E é assim no cotidiano. Chacho, como gosta de ser chamado, inclusive pelos seus jogadores, é um aficionado pelo trabalho. Não se trata de um discurso. Além do dia a dia no CT Parque Gigante, das viagens e das partidas, ele costuma ver os vídeos de todos os jogos do Campeonato Brasileiro, de cada rodada. Agora que a Libertadores recomeçou, deve tentar fazer o mesmo nesta competição. Ver e analisar os adversários, mesmo os que ainda não estão próximos, é encarado por ele como um tipo de lição de casa.

Chacho evitou projetar o futuro próximo e a sorte do time colorado na Libertadores, no Brasileirão e na Copa do Brasil. Prefere pensar em um compromisso de cada vez, examinando as possibilidades que tem em cada rodada, em cada partida. Porém, ele admite que os quatro GreNais vividos como técnico do Inter já deixaram uma marca, principalmente porque ainda não conseguiu entregar para a torcida uma vitória − o Inter vive um jejum de nove clássicos.

Mesmo que o Grêmio viva um momento de turbulência, diferente do Inter, que lidera o Brasileirão e a Libertadores, ele diz que a “tranquilidade, no futebol brasileiro, só dura dois dias” e não se coloca como favorito no clássico que será disputado na próxima quarta-feira, válido pela primeira rodada do returno da fase classificatória da Libertadores. “Primeiro, antes de olhar para o Gre-Nal, eu penso no jogo contra o Fortaleza (amanhã, no Ceará, pelo Brasileirão). Mas cada um tem os seus problemas. Ontem (quarta-feira), montamos o time com dez opções a menos. Não foram dois, foram dez jogadores que não puderam jogar. E vejam que apontam que tomamos três gols em casa! A exigência é a mesma sempre, independentemente da situação e das dificuldades”, enfatizou, ao ser lembrado dos vários desfalques que o Grêmio deve contar no clássico.

Chacho evita projetar o time. Diz que jogar a cada três dias lhe retira a possibilidade de treinar como gostaria. Fala em aproveitar os jovens e que precisará de todo o grupo para dar conta das três competições que terá até o início de 2021. Se disse satisfeito com a vitória da véspera, sobre o América de Cali, por 4 a 3, apesar dos três gols sofridos em casa, e evitou projetar a escalação do time para as próximas partidas.

“Vamos competir. Não podemos desviar a cabeça dos desafios. Temos que preparar a equipe da melhor forma para cada jogo. Onde vamos chegar? Não posso afirmar, mas posso prometer que vamos trabalhar e tratar de melhorar sempre”. Eis Chacho.


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