"Eles estão fazendo uma devassa", confirma empresário
Intermediário de negócios com a gestão Piffero foi alvo de mandados de busca e apreensão
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“Participei de três negócios, e eles estão fazendo uma devassa lá. Já passei algumas informações e agora estou esperando. Sobre o resto, não tenho nada a ver”, afirmou Braun, na noite desta quinta-feira, ao Correio do Povo.
Ele confirmou que o MP levou documentos do seu escritório e se colocou à disposição para maiores esclarecimentos. “Vou esperar. Na verdade, tem que ver se houve prejuízo para o Inter, formação de quadrilha, esse tipo de coisa”, disse.
De acordo com a investigação do MP, empresários de futebol teriam repassado dinheiro ao então vice de futebol, Carlos Pellegrini, como retribuição pelos negócios realizado pelo Inter. Questionado, Braun não confirmou ter feito os pagamentos. Apenas evitou a pergunta. “É um assunto muito delicado. Não sei nem do que estão me acusando. Estou esperando para ver. Repassei as informações que havia e agora vou esperar”, disse.
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Segundo informações levantadas pelo CP, o Ministério Público retirou documentos físicos e digitais do escritório de Rogério Braun. Outro empresário, cujo nome não foi revelado, também foi alvo da operação. De acordo com a investigação, “após as negociações serem concluídas, os empresários dos atletas (em nome próprio, de uma empresa a eles vinculada ou de um terceiro também a eles relacionado) efetuavam, como recompensa, repasses financeiros ao dirigente”.
Além de Carlos Pellegrini, outros cinco ex-dirigentes do Inter daquela gestão são investigados: Vitorio Piffero (presidente), Pedro Affatato (vice de finanças), Marcelo Castro (vice jurídico), Emídio Ferreira (vice de patrimônio) e Alexandre Limeira (vice de administração).