Exames antidoping são rotina, diz presidente da comissão ao Inter

Com informações do repórter da Rádio Guaíba, Rafael Pfeiffer.

O presidente da comissão antidopagem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Fernando Solera, revelou em entrevista a rádio Guaíba que os exames realizados em todo o grupo do Inter na última terça-feira fazem parte de uma orientação da Fifa e da Wada (Agência Mundial Antidoping). Sempre que uma agremiação apresenta dois ou mais casos, a comissão nacional é obrigada a realizar os testes em todos os atletas.

“Esse exame que a gente chama de 'Fora de Partida' acontece regularmente e cada vez mais vai acontecer. É um dispositivo que a Wada e a Fifa exigem que qualquer comissão faça. Nós fizemos no Inter em função dos três resultados positivos (em dois jogadores) que o clube teve recentemente. O Inter não é o único clube que foi submetido. Temos uma programação e fazemos aos poucos com disponibilidade de tempo, recursos financeiros e de uma logística que justifique”, revelou Solera.

Segundo o presidente da comissão, todos os clubes brasileiros são investigados regularmente, mas a informação não chega ao público porque são poucos os casos de jogadores que tem confirmado o doping. Após os casos de Wellington Martins e Nilton, o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva orientou o departamento a fazer os exames com todo o grupo.

“A legislação é muito clara. Acima de dois jogadores, o clube recebe uma sanção. É textual. E o Inter teve dois jogadores, ao longo de um torneio. Acima de dois, o clube pode sofrer sanção. O Inter teve só dois jogadores, mas em três resultados diferentes. De qualquer forma, a minha consciência profissional diz que qualquer time que tiver dois jogadores ou mais, tenho que analisar o time inteiro. O STJD me oficiou e falou para fazer os exames de sangue e urina. Foram 32 jogadores ao todo”, declarou o presidente.

Os dois jogadores flagrados e Valdívia não realizaram os exames. O atacante por cirurgia e a opção foi por não retirá-lo de casa nestes primeiros dias.