Expectativa x Realidade: Comentaristas analisam os reforços 'que hablan' trazidos pelo Inter que ainda estão no clube ou tomaram novos rumos
Entre saídas e chegadas recentes, atual elenco colorado tem ainda sete jogadores estrangeiros
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Atualmente são sete estrangeiros no elenco do Inter. Recentemente o número foi maior com a comissão técnica de Eduardo Coudet e antes das saídas de Hugo Mallo, Aránguiz e Bustos, o último a deixar o Beira-Rio. Nem todos desembarcaram no clube com o mesmo cartaz, mas geralmente a novidade chega cercada de expectativas. No caso dos reforços "que hablan" ela ganha peso ainda maior mesmo sem uma razão específica.
De posse do significativo investimento feito em outros sotaques no vestiário colorado, o Correio do Povo consultou quem acompanhou essas contratações e o desempenho ao longo do tempo. Como são muitos os nomes, eles estarão divididos entre terça-feira e quinta-feira, a começar pelos que não estão mais em Porto Alegre. Os convidados de hoje são o colunista do jornal Hiltor Mombach, o comentarista da rádio Guaíba Rogério Amaral e o jornalista gaúcho Alexandre Praetzel, da rádio Bandeirantes de São Paulo.
Eduardo Coudet
Hiltor Mombach: Nenhuma expectativa pela passagem anterior. Nenhuma surpresa com a realidade em que deixou o Inter.
Rogério Amaral: Até tinha uma expectativa positiva pela outra passagem dele pelo Internacional quando colocou o time entre os lideres do campeonato brasileiro. No entanto, dessa vez o trabalho deixou a desejar, especialmente por não flexibilizar um esquema de jogo a fim de aproveitar as características individuais dos jogadores. Insistiu num único modelo tático que terminou por desajustar todo o time e prejudicar os atletas.
Alexandre Praetzel: Técnico de uma nota só. Eufórico a melancólico em dez segundos. Sem perspectivas pelo seu estilo.
Hugo Mallo
Hiltor Mombach: Pouca expectativa. Veio para compor grupo.
Rogério Amaral: Como não o conhecia, a expectativa era mais uma curiosidade do que poderia produzir. E o desempenho dele foi positivo dando boa resposta na lateral bem como zagueiro.
Alexandre Praetzel: Um amigo de Coudet. Um lateral nota 6. Pelo menos, deu uma vitória ao Inter.
Bustos
Hiltor Mombach: Expectativa de que teria muita utilidade. Deu seu recado. Foi bem.
Rogério Amaral: Era a esperança de ser um lateral melhor do que seu antecessor, o Saravia. Penso que correspondeu a isso sem ser extraordinário. Bom apoiador do ataque mas com dificuldades na marcação. No entanto se mostrou ser de muita entrega e dedicação em campo.
Alexandre Praetzel: Foi bem no Inter. Bom lateral, sem substitutos imediatos. É preciso contratar rapidamente.
Aránguiz
Hiltor Mombach: Expectativa de que iria encaixar como segundo volante. Teve bons momentos.
Rogério Amaral: Confirmou o que eu imaginava de ser um equívoco essa contratação. Foi muito mais pela lembrança do que jogou na primeira passagem pelo clube e não se considerou o desempenho atual dele, inclusive se desdenhando do histórico de lesões.
Alexandre Praetzel: Contratação inexplicável. Veio porque era ídolo do presidente. Mais um erro previsível.