A semana sem jogos e com a possibilidade de realizar diversos treinos deu a Ramón Díaz a oportunidade de um contato mais tranquilo com o grupo de jogadores. Sem a pressão por definir a equipe, poupar um ou outro nome pensando em compromissos oficiais como foi a sua rotina desde a chegada ao Inter, o argentino pôde avaliar com mais calma o grupo que tem nas mãos.
E nos últimos dias conheceu uma cara nova: Gustavo Prado retornou do Chile, onde disputou o Mundial Sub-20 com o Brasil. Quando ele viajou, Roger Machado era o comandante colorado. Agora, com o novo chefe, poderá receber uma chance logo de cara.
A vitória contra o Botafogo teve Vitinho e Carbonero formando a dupla de ataque em detrimento de Borré, contratação mais badalada depois de Valencia e de Ricardo Mathias, companheiro de Prado no Sul-Americano Sub-20 no começo do ano. O ataque foi aprovado.
Se não exatamente nos nomes, mas pela desenvoltura da equipe a partir da maior proteção com três zagueiros, a liberação dos laterais, uma maior liberdade para Alan Patrick e a mais verticalidade no ataque. Eis aí a brecha que pode aparecer para Gustavo Prado. Como Borré e Carbonero estarão com a seleção da Colômbia, ele aparece como candidato a herdar a vaga após a experiência frustrante com a eliminação do Brasil na primeira fase.
“Me chamou muito a atenção a qualidade do passe dele, mesmo em uma equipe que estava visivelmente lutando contra o tempo pra buscar entrosamento. Um jogador com uma boa visão de jogo e pareceu estar orgulhoso de vestir a camisa da Seleção. Uma pena não ter visto mais do Gustavo em campo”, diz Bruna Dealtry, repórter da Cazé TV, que cobre a competição.
O jovem atacante retorna sem a valorização que poderia alcançar fosse outro o desempenho coletivo, mas certamente com ânimo renomado para ser titular do Inter contra o Mirassol na próxima quarta-feira.
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