Inter acredita que solução para obras do Beira-Rio está próxima

Até por falta de outras alternativas, o Inter confia em um acerto com a Andrade Gutierrez, apesar de ontem o Banrisul, mais uma vez, ter rechaçado ceder o empréstimo de R$ 203 milhões para a construtora. Segundo o presidente Giovanni Luigi, o desfecho do imbróglio está próximo. "Em 24 ou 48 horas teremos uma definição sobre este assunto. O fato de continuarem em Porto Alegre (os executivos da AG) fazendo reuniões com o Banrisul é muito positivo", avalia Giovanni Luigi.

A confiança do presidente colorado baseia-se na pressão política que a construtora estaria sofrendo do governo federal. A presidente Dilma Rousseff teria mandado interlocutores exercerem pressão na construtora, que é uma das maiores empreiteiras do Brasil. Um dos emissários do "recado" de Dilma seria o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. A informação, porém, foi desmentida por assessores do ministro.

De qualquer forma, Luigi acredita na solução com a AG. Nessa quarta-feira, enquanto os executivos da construtora reuniam-se com o Banrisul (e ouviam um novo "não" do banco), o presidente colorado tinha um encontro com algumas das principais lideranças políticas do clube. Ele ocorreu nas suítes do Beira-Rio e durou aproximadamente 40 minutos, sempre com as luzes desligadas - faltou luz no mesmo horário.

A reunião, convocada pela manhã pelo próprio Luigi, serviu para o presidente informar os conselheiros e integrantes da Comissão de Obras sobre as negociações com a Andrade Gutierrez. Os ex-presidentes Fernando Carvalho e Vitorio Piffero, este último contrário a associação com a AG, não compareceram.

"Eles (AG) assumiram um compromisso com o Inter e com o Rio Grande do Sul. Espero que cumpram a promessa e forneçam as garantias exigidas pelo Banrisul para conceder o empréstimo", afirmou Luigi, que completa: "Antes de falar isto publicamente, falei diretamente para eles. É preciso que acertem uma forma de receber o empréstimo".