Inter: Chegada de Luiz Adriano mostra manutenção de modelo de contratações

Eis um time: Renan, Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Alex; Tinga, Danilo Silva e Daniel Carvalho. Rafael Sóbis, Leandro Damião e Nilmar. No banco: Taison, Moledo e Alan Patrick, os dois últimos do atual elenco. Embora fictícia, a escalação acima com algumas improvisações, reúne uma série de jogadores com um ponto em comum em suas passagens no Inter. A expectativa de que na volta, jogassem o mesmo futebol de quando saíram do Beira-Rio. O que se repete agora com o acerto de Luiz Adriano, que assinou pré-contrato com o clube.

A pressão por reforçar o grupo a menos de dez dias do prazo final de inscrições para o Campeonato Gaúcho fez os dirigentes colorados atravessarem o oceano. Depois de Luiz Adriano, o próximo alvo é Aránguiz. Após revelarem "terem varrido o mundo" em busca de reforços, Mano Menezes e o vice de futebol Felipe Becker sentiram nos últimos dias a necessidade por fortalecer o grupo aumentar. Em uma posição que não é a principal carência, por exemplo, o treinador deu uma pista da situação em que se encontra.

"A questão é ganhar jogadores. Johnny foi vaiado na última partida, se eu tiro ele hoje (sábado), eu perderia ele e eu quero ganhar o Baralhas sem perder o Johnny", explicou o técnico ainda em Pelotas. A favor do movimento da direção o fato de que muitos que regressaram contribuíram e muito. Numericamente Nilmar, Moledo e Sóbis voltaram duas vezes para o local onde surgiram.

Sóbis, ao lado de Renan e Tinga, que haviam chegado também em meio à Libertadores 2010, comemoraram o bi campeonato naquele ano. Nilmar fez o gol do título da Sul-Americana 2008 e Moledo, assim como Alan Patrick são peças importantes do time de 2023.
Ainda que Luiz Adriano, 35 anos e Aranguíz, 33, (ambos fazem aniversário em abril) tenham certa idade, o tempo longo de Europa onde o calendário é mais razoável tende a lhes favorecer no Brasil. O atacante vinha atuando até o terremoto na Turquia enquanto o chileno não joga desde outubro.

Elogiado pela prospecção certeira em nomes como Vitão, Wanderson, Pedro Henrique e De Pena no ano passado, o departamento de futebol se vê em um cenário diferente. Os acertos incorrem em cobranças maiores e a baixa movimentação no mercado internacional somada à dificuldade financeira do clube catalisam a busca por soluções.

2023 é o terceiro da atual gestão colorada e termina com eleições. Depois de duas tentativas de promover alterações significativas no futebol a partir das escolhas de Miguel Angel Ramírez e Cacique Medina, com Mano Menezes, o time retomou o prumo. O acerto, porém, não significa tranquilidade. Faltam títulos e o Gauchão é o primeiro em disputa. Por isso, assim que os reforços chegarem, será criada nova expectativa. Independente dos nomes.