Inter considera Libertadores prioridade, mas tem preocupação com Z-4

Nos microfones, nenhum dirigente colorado vai admitir. Mas, apesar do excelente momento do Inter na Libertadores da América, há um temor quando à campanha no Campeonato Brasileiro. Para evitar uma aproximação ainda maior com a parte de baixo da tabela, internamente, a conquista de uma vitória sobre o Fortaleza, neste sábado, no Beira-Rio, é considerado uma “obrigação”. “Temos que ganhar. Não tem outra opção. Até porque os jogos seguintes serão muito complicados e desgastantes. Precisamos acumular uma gordura agora”, afirmou, em contato com o Correio do Povo nessa quarta-feira à tarde, um dirigente com trânsito no vestiário.

Seis pontos separam o Inter do Z-4. O problema é que o retrospecto recente do time no Campeonato Brasileiro é muito ruim: desde o início de julho, o time colorado, primeiro com Mano Menezes, depois com Eduardo Coudet, disputou 21 pontos e conquistou apenas três. Ou seja, tem um aproveitamento de apenas 14,2% neste recorte temporal. Esse rendimento só é melhor que o do América Mineiro, que é o último colocado no Brasileirão, que somou apenas dois pontos em seis partidas (11,1% de aproveitamento).

Ou seja, o Inter precisa reagir imediatamente vencendo o Fortaleza. Depois, o time colorado enfrenta, na sequência, o Bolívar, em La Paz, na terça-feira (22), e o Flamengo, no Rio de Janeiro, no sábado. Depois, dia pega os bolivianos outra vez, agora no Beira-Rio, e viaja outra vez para enfrentar o Goiás, em Goiânia, já no início de setembro.

Apesar da urgência e da necessidade, Eduardo Coudet deve montar uma equipe no máxima mista de reservas e titulares para jogar contra o Fortaleza, neste sábado. Ele não comunicou os dirigentes sobre os seus planos, mas deixou eles bastante claros após a derrota para o Botafogo, sábado passado, no Rio de Janeiro. Em sua entrevista, o técnico deixou claro que a prioridade é a Libertadores e que preservaria alguns jogadores visando o duelo em La Paz.