Inter vive expectativa sobre julgamento de casos de doping
Resultado de teste surpresa da CBF também deve ser divulgado hoje
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A tensão é inegável. Se mais algum jogador for flagrado, o clube pode ser punido com perda de pontos ou até a desclassificação das competições. Ou seja, a queda de divisão. Se nenhum outro jogador for pego, em tese, o clube não corre riscos maiores.
No entanto, para Nilton e Wellington Martins não há muita esperança de absolvição. Flagrados em três jogos com resquícios de hidroclorotiazida e a clorotiazida — dois diuréticos que não melhoram o rendimento, mas podem disfarçar o uso de outras substâncias proibidas — na urina, eles devem ser punidos pelo STJD. Resta saber por quanto tempo ficarão suspensos. A pena máxima, no caso dos dois, deve ser de até quatro anos.
Os atletas serão julgados pela quarta turma do STJD. Se qualquer das partes, ou a defesa, ou a procuradoria, não concordarem com o resultado do julgamento, o caso segue para o pleno do próprio STJD. A próxima instância é a Corte Arbitral do Esporte (TAS), sediada na Suíça.
Mudança na estratégia
A realização do teste coletivo, na última terça-feira, forçou uma mudança na estratégia de defesa de Nilton e Wellington Martins — e, por consequência, do próprio Inter. Antes, os jogadores negariam qualquer contato voluntário com a hidroclorotiazida e a clorotiazida. Sustentariam não saber a origem da “contaminação”.
Agora, diante da realização dos 20 exames nos principais jogadores do elenco — que traz consigo a possibilidade de mais um flagrante —, Nilton e Wellington admitirão o uso das substâncias, que estariam misturadas em um composto emagrecedor vendido em farmácias. Ou seja, irão admitir o uso, mas ressaltarão que não houve má-fé. Que a ingestão foi involuntária porque os dois diuréticos não contam na fórmula do emagrecedor. A medida visa proteger o clube de punição.