Justiça rejeita denúncia e arquiva processos contra Carlos Pellegrini
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Justiça rejeita denúncia e arquiva processos contra Carlos Pellegrini

Ex-vice de futebol comemorou anulação dos processos

Fabrício Falkowski

Advogado Jorge Teixeira, reitera a inocência de seu cliente

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Quatro anos após a apresentação da denúncia pelo Ministério Público, a Justiça anulou os processos envolvendo o que ficou conhecido como “núcleo futebol” das investigações sobre a segunda gestão de Vitorio Piffero no Inter, que ocorreu entre 2015 e 2016. Com isso, o ex-vice de futebol, Carlos Pellegrini, além de outros acusados, fica livre do processo ao qual respondia desde 2019. Eles eram acusados de estelionato e formação de organização criminosa. 

De acordo com a decisão do juiz Ricardo Petry Andrade, da 2º Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, para que ocorra o estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal brasileiro, é necessário que haja o apontamento de “alguém” que tenha sido “induzida ou mantida em erro” para que o crime seja perpetrado. No caso em questão, não houve o apontamento de uma pessoa, mas genericamente a “administração do clube”. “A denúncia ofertada, portanto, se mostra inepta, pois não indica a pessoa humana, pessoa física, que teria sido induzida ou mantida em erro pelos denunciados para o cometimento do delito”, afirma, textualmente, a decisão do juiz.

A decisão do juiz atende pedido das defesas de todos os seis réus que constavam na denúncia apresentada pelo MP, entre os quais estão o ex-jogador Paulo Cézar Magalhães e alguns outros empresários de futebol, em novembro de 2019. “O Pellegrini está sendo massacrado há mais de cinco anos, mas agora a Justiça foi feita. Pode ter havido outras irregularidades durante aquela gestão, envolvendo obras ou outras coisas, mas, no futebol, não houve nada”, afirmou o advogado de Pellegrini, Jorge Teixeira.

Ainda na noite de quarta-feira, horas após o despacho do juiz, Pellegrini enviou mensagem aos amigos comemorando a decisão: “Após 5 anos de sofrimento e constrangimento, além da vergonha pessoal, informo q (SIC) apresentada defesa na denúncia do ministério público contra mim, por estelionato e corrupção, o juiz, julgou inepta a ação contra Carlos Capparelli Pellegrini, determinando o arquivamento do processo, sem julgamento, nada mais tendo contra a minha pessoa. Reestabelecida minha honra e dignidade”. 

O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que apurou possíveis delitos na gestão Piffero foi iniciado em novembro de 2017. Em 20 de dezembro de 2018, o MP fez busca e apreensão nos endereços residenciais e profissionais dos suspeitos. Dois anos após o começo das investigações, o MP apresentou a denúncia à Justiça. De acordo com as investigações, que incluíram a quebra do sigilo bancário dos acusados, Pellegrini teria obtido mais de R$ 230 mil em “comissões” para viabilizar negociações de jogadores como Paulo Cézar Magalhães, Cláudio Winck, Alisson, Ariel e Réver.

O Ministério Público deve recorrer da decisão. 

Outros núcleos 

Outras denúncias, envolvendo outros núcleos da investigação, principalmente o de patrimônio e obras, seguem correndo na Justiça, mas Pellegrini não está incluído nelas. Piffero e o seu então vice de finanças, Pedro Affatato, além de outros ex-dirigentes e empresários, seguem respondendo na Justiça.

 

 

 

 

 


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