Libertadores: como chegam Inter, Fluminense, Palmeiras e Boca nas semifinais
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Libertadores: como chegam Inter, Fluminense, Palmeiras e Boca nas semifinais

Clubes brasileiros e argentino decidirão entre setembro e outubro quem fará a grande final deste ano, prevista para o dia 4 de novembro no Maracanã

Felipe Uhr

Libertadores está suspensa por tempo indeterminado

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Desde a vitória do Fluminense sobre o Olimpia, na noite desta quinta-feira no Paraguai, já se sabe os 4 semifinalistas da Copa Libertadores 2023. De um lado, Palmeiras e Boca Juniors fazem o duelo Brasil x Argentina para saber quem chegará na final. Do outro, Inter e Fluminense definem quem será o próximo representante brasileiro na final, algo que ocorre desde 2019. Em 2018, River e Boca protagonizaram a final argentina com o jogo derradeiro sendo disputado em Madrid, na Espanha.

Outra curiosidade é que, desde 2020, as finais da maior competição continental da América foram realizadas entre equipes brasileiras, algo que pode se repetir nesta edição se o Palmeiras avançar.

As datas dos confrontos foram definidas pela Conmebol nesta sexta: 

27/09 - Fluminense x Inter - 21h30min
04/10 - Inter x Fluminense - 21h30min

28/09 - Boca Juniors x Palmeiras - 21h30min
05/10 - Palmeiras x Boca Juniors - 21h30min

Confira abaixo como está cada equipe:

Palmeiras - Afirmação de um trabalho consolidado

Talvez nem o maior conhecedor de futebol apostaria no tamanho sucesso da passagem do técnico português Abel Ferreira pelo alviverde paulista. Desde outubro de 2020 no comando da equipe, Abel é um colecionador de títulos, entre eles, duas Libertadores da América (2020 e 2022).

Com um elenco repleto de jogadores de qualidades, como Rapahel Veiga e Rony, a equipe paulista chega a sua quarta semifinal consecutiva na competição com a melhor campanha entre as 4 equipes. Na fase de grupos, o Palmeiras até sofreu uma susto, ao perder pelo Bolívar por 3 a 1, na primeira rodada da primeira fase, mas, não teve dificuldades para se classificar em primeiro do Grupo C.

Aliás, a derrota foi a única sofrida pelo time de Abel, que carimbou também a melhor classificação geral do torneio e a garantia de decidir em casa a classificação à próxima fase, seja com quem fosse. Com 21 gols feitos e apenas seies sofridos, o atual campeão brasileiro mostrou até agora segurança defensiva, com jogadores como o goleiro Weverton e o zagueiro Gustavo Gomez, e eficiência no ataque. 


Elenco de Abel Ferreira chega forte na semifinal - Crédito: Cesar Greco/Palmeiras

O atacante Dudu é um dos possíveis desfalques para a semi e final, se o clube avançar, já que sofreu uma torção no joelho direito, com ruptura do ligamento cruzado anterior e lesão no menisco. Ele deve realizar uma cirurgia nos próximos dias. Apesar da perda, o elenco palmeirense ainda conta no ataque com Rony, Arthur, artilheiro do clube na competição, e do jovem de 17 anos, Endrick, negociado para o Real Madrid em um acerto que pode render até  quase R$ 400 milhões para o clube paulista.

Para chegar na semifinal, o Palmeiras não teve dificuldades e passou por cima do time colombiano do Deportivo Pereira, ao vencer por 4 a 0, no jogo de ida. Na volta, as duas equipes empataram em 0 a 0 no Allianz Parque, casa do alviverde.

Boca Juniors - Tradição do maior campeão da Libertadores deste século

Mesmo que não tenha o elenco forte como de outros anos, dizer que o Boca não é páreo para o Palmeiras seria subestimar a capacidade do clube argentino. Afinal, o maior vencedor da Libertadores neste século, com 4 conquistas, conta com jogadores experientes como o goleiro Sérgio Romero e o craque uruguaio Edison Cavani, reforço anunciado recentemente. 

Apesar de não viver uma fase boa no certame nacional (o time foi 7º colocado no torneio Apertura no campeonato argentino), o time treinado pelo argentino Jorge Almíron mostrou competência até aqui.

Forte dentro de casa, a equipe xeneize garantiu a primeira colocação no grupo F com três das quatro vitórias dentro do seu estádio, a mítica La Bombonera. Com 9 gols marcados e apenas dois gols sofridos, o time argentino tem no setor defensivo seu ponte forte.

Romero (de laranja) comemora junto com companheiros classificação para semi - Crédito: Alejandro PAGNI / AFP

A começar pelo goleiro Sergio Romero, destaque nas classificações nos pênaltis diante do Nacional do Uruguai, nas oitavas de final, e contra o Racing, pelas quartas. “Chiquito” Romero pegou 4 cobranças nos dois confrontos e garantiu a equipe na semifinal. Além dele, os defensores Marcos Rojo e Luis Advíncula, ambos de 33 anos e com participações em Copa do Mundo, reforçam a maturidade do setor.

No meio capo, o time argentino conta com Cristian Medina e Pol Fernández. No ataque, além de Cavani, há Miguel Merentie , artilheiro do clube com 7 gols e Darío Benedetto, campeão argentino pelo Boca no ano passado, quando fez 21 gols na temporada.

Ainda que o Palmeiras seja favorito no duelo, o time argentino pode vender caro a classificação para a sonhada final no Maracanã.

Fluminense – Artilheiro e o Dinizismo

Caracterizado por um jeito peculiar de jogo, apelidado de Dinizismo, uma referência ao seu treinador, Fernando Diniz, que gosta de ver seus times com posse de bola, o Fluminense não chegou entre os 4 melhores da América à toa. Na primeira fase, a equipe carioca liderou o Grupo D com 10 pontos. O principal momento foi a goleada de 5 a 1 diante do River Plate. Tem em German Cano, artilheiro do time e da competição com 9 gols, um dos seus expoentes. Além dele, o time mescla a experiência de jogadores como o lateral esquerdo Marcelo, o zagueiro Felipe Melo e o meia Paulo Henrique Ganso, todos eles com passagem pela Seleção Brasileira, com a juventude do meio campo André, convocado para a Seleção, e do atacante colombiano John Arias.

Até aqui, o time marcou 18 gols e sofreu 8. É com esse repertório que o clube busca chegar à final, igual a 2008 quando decidiu a Copa contra a LDU no estádio Maracanã. Naquela oportunidade, o time brasileiro deixou o título escapar após empatar em 5 a 5 no placar agregado, e perder por 3 a 1 para o time equatoriano nas penalidades máximas.


Cano, à direita, comemora um dos dois gols diante do Olimpia - Crédito: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC

Inter – A aposta internacional para vencer a Copa

Após o sorteio que definiu os confrontos de mata-mata, apenas os colorados apostaram que o Inter chegaria onde chegou. Afinal, o ano de 2023 foi repleto de fracassos até o mês de julho. Ainda sob o comando de Mano Menezes, o Inter foi eliminado precocemente no Gauchão e na Copa do Brasil.

No Brasileirão, ainda que tenha se mantido invicto por alguns jogos, a campanha é modesta: chegou a acumular 5 derrotas consecutivas. Foi aí que o presidente Alessandro Barcellos decidiu virar a chave. Após o empate sem gols contra o Palmeiras dentro de casa, ele demitiu o treinador e anunciou Eduardo Coudet.

Em paralelo, chegaram os reforços: o equatoriano Enner Valencia, o brasileiro Bruno Henrique e o goleiro uruguaio Sergio “Chino” Rochet. Ainda que não tenha deslanchado no Brasileirão, na Copa Libertadores o time engrenou, principalmente após eliminar o favorito River Plate em uma decisão quase interminável de cobranças de pênaltis.

Na defesa, Rochet e Mercado garantem a experiência. No meio campo, o chileno Charles Aránguiz é o motor do time que tem em Alan Patrick, além de capitão, o cerébro com 6 assistências, quatro delas na Libertadores. No setor ofensivo, há Enner Valencia, contratado lá no começo do ano, após assinatura de um pré-contrato, e anunciado apenas em julho. O atacante colocou o Inter em outro patamar. Foi decisivo nas oitavas, ao marcar contra o River na Argentina e contra o Bolívar, nos dois jogos pelas quartas de final. Fez 4 gols em 4 jogos na competição.

São com essas armas, em um elenco que tem além da comissão técnica argentina, mais 8 jogadores com língua espanhola, que o Inter tenta chegar a sua quarta final de Libertadores. A primeira foi em 1980, quando perdeu o título para o Nacional do Uruguai. Em 2006, chegou à segunda final e ao título inédito, após vencer o São Paulo. Em 2010 veio o bi campeonato após duas vitórias contra o Chivas do México.

O Inter não chegava a uma semifinal de Libertadores desde 2015. Charles Aránguiz estava naquele time que acabou sendo eliminado para o Tigres, do México, por 3 a 1 no jogo da volta. Neste ano, o Inter venceu 6 jogos empatou 4 e sofreu apenas uma derrota na competição. Como decidirá em casa, o Inter apostará no jogo da volta sua classificação. Voltar vivo do Maracanã, no Rio de Janeiro, no jogo de ida, deve ser a principal estratégia de Chacho. Vencer é encaminhar o time para a final, novamente no Maracanã. 


Enner Valecia é um dos detaques do Inter na reta final da Copa Libertadores - Crédito: Mauro Schaefer


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