Protestos marcam reunião do conselho do Inter
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Protestos marcam reunião do conselho do Inter

Encontro dos conselheiros analisa saída do vice jurídico, condenado a mais de oito anos por sonegação

Fabrício Falkowski

Torcida protestou com faixas e músicas contra a direção do Inter

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Sete meses após reassumir a direção do Inter, Vitorio Piffero depara-se com uma crise inédita nos últimos 10 ou 15 anos. O Inter não tem técnico, vive um ambiente interno conturbado, enfrenta graves problemas financeiros e, para completar, a agitação política já é grande, antecipando um clima pré-eleitoral.

Como se não bastasse a histórica e humilhante derrota no Gre-Nal por 5 a 0, na Arena, um dia antes, os dirigentes colorados tiveram de acompanhar uma reunião do Conselho Deliberativo na noite de segunda-feira. O tema não poderia ser mais constrangedor: conselheiros pediram a saída do vice-presidente jurídico Marcelo de Freitas e Castro, que foi condenado a mais de oito anos de prisão em um processo que envolve sonegação de impostos, mas está recorrendo da decisão.

Na reunião, não houve deliberação sobre o assunto. A saída de Marcelo de Freitas e Castro só ocorre por decisão própria ou por iniciativa do presidente Vitorio Piffero, que estava no Rio de Janeiro — tratando da contratação do novo técnico — e sequer compareceu à reunião.

A torcida, porém, não poupou. Aproveitando que havia uma reunião do CD marcada justamente para o dia seguinte à goleada no clássico, cerca de 80 colorados aglomeraram-se perto do Beira-Rio. A segurança do clube manteve o grupo apartado por uma grade, a cerca de 100 metros da porta da sala do Conselho.

Uma viatura da Brigada Militar, além de dezenas de seguranças, assistiram ao grupo cantar uma série de palavras de ordem. Piffero foi o principal alvo dos protestos. Depois, graças a uma regra do regimento interno do CD, 60 associados do clube foram autorizados a assistir à sessão.

“Ah que bom seria, se o meu time tivesse uma diretoria”, cantavam os manifestantes.

Outros dirigentes do clube, como o 1º vice-presidente Pedro Affatato, e o vice de administração Alexandre Limeira participaram da reunião, mas não passaram pelos torcedores. Eles preferiram chegar até a sala do CD por caminhos internos do Beira-Rio. “Dentro do campo, a situação do Inter é muito ruim, mas fora é ainda pior. A situação financeira, por exemplo, é muito grave”, observou um conselheiro que chegava na reunião.

À tarde, um grupo de torcedores também fez protestos enquanto os jogadores treinavam no CT Parque Gigante. Apuparam alguns jogadores, em especial Anderson, contratado pela atual direção com alto salário e quatro anos de contrato, mas que jamais conseguiu jogar um futebol compatível com a expectativa que se tinha dele.

Quando deixaram o CT, alguns jogadores, como Alex, D’Alessandro, Juan e Alisson, pararam seus carros e deram explicações para os torcedores. “O sentimento dos torcedores é o mesmo que o nosso. É de frustração e de muita tristeza. Estamos envergonhados sim, principalmente por causa do placar. Ninguém queria perder desse jeito. Agora, temos de superar isso”, resumiu o volante Wellington, eleito pela assessoria de imprensa do clube para conceder entrevista.

Nesta terça-feira, às 15h, ocorre mais um treino sob o comando do interino Odair Hellmann. Na quarta-feira, às 22h,o Inter enfrenta o Fluminense, no Beira-Rio, ocasião para novos protestos.

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