STJD suspende Nilton e Wellington Martins por cinco meses
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STJD suspende Nilton e Wellington Martins por cinco meses

Relator entendeu violação à regra antidoping, mas considerou que não houve intenção

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Jogadores só poderão voltar a atuar em abril

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A 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou nesta sexta-feira os casos de doping dos volantes Wellington Martins e Nilton. Após seis horas de julgamento, os dois pegaram cinco meses de punição, mas a procuradoria do STJD deve recorrer da decisão.

Exames realizados em algumas partidas do Brasileirão e no resultado apontaram vestígios de hidroclorotiazida e clorotiazida, diurético que não aumenta o rendimento atlético dos jogadores, mas pode ser usado para mascarar outras substâncias. Os dois jogadores corriam o risco de pegar uma punição de até quatro anos.

Nilton e Wellington admitem usar suplementos

Nesta sexta, o primeiro a depor foi Nilton, que começou respondendo os questionamentos do relator, Leonardo Andreotti. Na primeira pergunta, Andreotti quis saber há quanto tempo o volante usava suplementos. O jogador respondeu que usou o material em todos os clubes onde atuou, que a marca patrocina grandes atletas e que não acreditava que ela podia estar irregular.

Segundo o volante, ele começou a utilizar em agosto, quando voltou a ter sequência no Inter e a chegar em casa mais desgastado que o normal. Com a mudança de comportamento, a esposa, que é profissional de educação física, indicou a proteína. O volante admitiu que a substância distribuída pelo clube não fazia efeito para ele e por isso optou por uma alternativa.

Em alguns momentos, o jogador engasgou a voz e demonstrou estar emocionado. Em especial, quando referiu que sempre teve uma conduta correta e que achou que era uma brincadeira quando ficou sabendo que havia caído no doping. O jogador revelou também que ele e a esposa não conhecem as substâncias proibidas e que procuraram na internet para saber o que podia e o que não podia.

Nilton reconheceu que nunca assistiu a palestras ou teve reuniões nos clubes sobre o tema. Também contou que Wellington Martins perguntou para ele sobre o suplemento e que o companheiro teria afirmado que gostaria de experimentar.

Na sequência, Wellington foi convocado para prestar o depoimento. Admitiu que fez uso do mesmo suplemento algumas vezes, mas nunca o comprou. Basicamente, respondeu às mesmas perguntas feitas a Nilton.

Médico afirma que é possível que substância estar em suplemento

Depois dos jogadores, o presidente da Comissão Nacional de Controle de Doping da CBF, Fernando Solera, prestou depoimento. O médico explicou que é possível a contaminação de um suplemento e revelou que o ideal é que os clubes guardem um frasco de cada lote do material consumido pelos jogadores para usar como provas. Solera afirmou que fez palestra pra diversos clubes brasileiros, ofereceu para o Inter e ela não foi aceita.

O Inter convocou o bioquímico Marco Aurélio Dorneles para falar sobre o laudo dos exames feitos na Ufrgs. Entre outros assuntos, Dorneles alertou que os atletas não têm nenhum ganho ao utilizar um diurético, pelo contrário, podem ter câimbras pela perda de potássio. O profissional lembrou também que o produto consumido não tem certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Procuradora pede pena máxima

A procuradora Fernanda Bazanelli reiterou os termos da denúncia e pediu a pena de quatro anos para os dois jogadores. Na sequência, Rogério Pastl, advogado do Inter, iniciou a defesa lembrando o caso de Cesar Cielo, em 2011, que usou uma pomada que tinha uma substância proibida. Em seguida, o advogado dos jogadores, André Ribeiro, fez a defesa, alegando que a contaminação não pode ser desqualificada.

O relator Leonardo Andreotti proferiu o seu voto deixando claro que houve violação à regra do antidoping, mas afastou a intencionalidade afastando a aplicação de quatro anos, por considerar bastante rigorosa. Ele declarou que, apesar de não ser oficial, considerou o exame feito pela Ufrgs e que o que estava em julgamento não era a proteína, mas as substâncias encontradas no suplemento. Andreotti afirmou ainda que os jogadores foram negligentes por usar um suplemento sem perguntar para os médicos do Inter e votou por cinco meses de suspensão para os atletas.

O auditor Marcelo Coelho também referiu a negligência de Nilton e Wellington e acompanhou o voto do relator. O presidente da mesa, Wanderley Godoy Júnior, revelou que tinha pensado em dar os quatro anos, mas acabou acompanhando o Andreotti.

Os advogados do Inter ainda tentaram diminuir a pena para três meses, mas Godoy Junior afirmou que a pena tinha sido flexibilizada ao máximo.

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