Tinga: “campanha maravilhosa” do Inter pode render título que faltou à sua geração
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Tinga: “campanha maravilhosa” do Inter pode render título que faltou à sua geração

Ex-volante elogia direção pela continuidade de Odair Hellmann e alerta contra ansiedade na reta final do Brasileirão

Tiago Medina

Tinga crê que ´campanha maravilhosa´ pode render título do Brasileirão para o Inter

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Bicampeão da Libertadores pelo Inter, o ex-volante Tinga está bastante satisfeito com a campanha colorada no Campeonato Brasileiro – o time inicia a 27ª rodada na terceira colocação, a um ponto do líder São Paulo. Para o ex-jogador, a chance da equipe faturar o título que faltou à sua geração é sólida. “Fico feliz de ver o Inter nesta condição, podendo chegar”, afirmou ele, que atualmente estuda aguardando o momento para voltar ao mercado, mas desta vez como gestor de futebol.

“É uma campanha de campeão, que tem dado orgulho a todos os colorados e fico muito feliz de ver o Inter neste momento. É um campeonato que faltou à nossa geração”, lembrou ele nesta semana, na inauguração do novo hotel onde o Inter se hospedará em Porto Alegre, o Laguetto Higienópolis. “Conseguimos ganhar alguns títulos internacionais, mas este Brasileiro não veio, até por força maior”, complementou ele, referindo-se ao Brasileirão de 2005.

Para Tinga, a boa campanha ocorre também por mérito da direção, que bancou a permanência de Odair Hellmann no comando técnico do time, no início da competição. “Se pegar os times que estão brigando e que são campeões nos últimos anos são os que têm continuidade”, ressaltou. “É um treinador que se preparou para chegar ali e a diretoria entendeu que era o momento de mantê-lo e manteve. Foi um mérito.”

Cuidado com a ansiedade

A boa campanha, porém, tem seus riscos no próprio grupo, alertou o ex-camisa 7. Segundo ele, é necessário não iludir-se e trabalhar com a pressão. “A ansiedade é natural. É difícil você bloquear para que ela não chegue”, disse. “Os jogadores sabem que têm a possibilidade de serem campeões brasileiros, o que é muito difícil. O que tem que tentar fazer é não deixar ela influenciar na hora do trabalho dentro de campo”, receitou.

Mais uma vez lembrando o Campeonato Brasileiro de 2005, Tinga contou também que é preciso estar preparado para eventuais frustrações: “Naquele momento, soubemos conviver com aquilo. Não conseguimos ganhar, mas acabamos a temporada com uma força maior, uma confiança maior que nos fez no ano seguinte ganhar a América e o mundo”. Naquele Brasileirão, a CBF anulou 11 partidas e, no confronto direto entre Inter e Corinthians, um erro de arbitragem prejudicou os colorados.

Tinga quer um trabalho “desde o início”

Aposentado dos gramados desde de 2015, Tinga atuou como gerente de futebol no Cruzeiro em 2017. Em seu primeiro – e até agora único – ano na função, a equipe mineira faturou a Copa do Brasil. Desta forma, trabalhando desde o início da temporada, que ele planeja voltar ao mercado. “Por ter me preparado e estudado para isso, entendo que o bom gestor tem que participar do início, do planejamento, das ideias”, disse. Desde então, apareceram apenas convites para entrar em um trabalho que já vem sendo realizado. E foram refutados.

“Hoje os treinadores são multiprofissionais, estudam demais o futebol. Os jogadores são extremamente profissionais – muito mais do que eu era na minha época. Só que isso: uma grande parte, a gestão continua sendo de amigos, de amadores. A grande maioria dos clubes não tem profissionais. Não posso entrar e fazer a mesma coisa. Pegar a qualquer momento só porque vai receber um bom salário”, argumentou. “Quero trabalhar num clube que acredite no meu trabalho e nas minhas ideias – em que eu também possa acreditar nas ideias deles.”

Estudos

Voltar para o Inter nesta função é uma possibilidade, desde que respeitada a condição de poder começar um trabalho na gestão. Destacando a boa relação que tem com dirigentes, ele garantiu: “Não quero jamais trabalhar no Inter porque fiz gol pelo Inter. Não me dá crédito de trabalhar no Inter porque joguei. Até porque não vou jogar mais. Para gerir, é preciso conhecimento”.

A ideia é voltar logo ao mercado, mas “no tempo de Deus”, como definiu. Se para onde, ele não sabe, Tinga assegura que ser técnico não é uma meta. “Quero continuar perto da minha família. Eu me preparei para gestão. Fiz curso na CBF, vou para a Alemanha, estudo. Fui para a Holanda”, citou. “Sei que a minha hora vai chegar. Sempre que cheguei nos lugares fui campeão.”

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