Vitória do Inter mostra caminho para volta da confiança, mas expõe falta de preparo físico
Mano Menezes disse confiar em trabalho caseiro para recuperar condicionamento do grupo na temporada
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O Inter venceu o Metropolitanos por 2 a 1 e ficou bem perto de se classificar para a próxima fase da Libertadores, dependendo apenas de mais um triunfo nos próximos dois jogos. O resultado dessa quinta-feira, conforme Mano Menezes, mostrou que há um caminho a ser percorrido para que o time ganhe confiança na temporada. No entanto, a falta de preparo físico ficou evidente e até evidenciou um erro de estratégia do treinador, segundo o comentarista da Rádio Guaíba Carlos Guimarães.
"Não foi só a questão física. O segundo momento do jogo passa a ser um desafio para gente. A equipe entrou com uma boa ideia, mas depois, quando o adversário propõe outras coisas, nós temos de achar soluções", explicou Mano antes de falar da importância da vitória independente de uma boa performance. "Os resultados positivos podem consertar o rendimento da equipe. Sempre é melhor consertar as coisas quando você tem vitórias. Já vi muitos times com dificuldades na primeira fase e depois serem campeões. Quando você passa da primeira etapa, você tira um peso e a equipe fica mais confiante. É isso que queremos para este momento", acrescentou.
Ao se aprofundar na questão da preparação física, Mano Menezes disse que confia no trabalho caseiro de João Goulart para colocar o Inter nos trilhos. "É uma transição que temos de fazer para não prejudicar os jogadores. Nós entendemos que temos dentro de casa a ideia do que precisa ser feito porque o João Goular sabe como as coisas eram executadas. Vamos ganhando um pouco mais de condição física a cada jogo, enquanto o clube a vai tomar as decisões que tiver de tomar. Nós estamos seguros de que podemos conduzir essa situação independente da chegada de um outro profissional", argumentou.
Em sua análise do jogo, o comentarista Carlos Guimarães salientou um erro de leitura de Mano Menezes no segundo tempo da partida. "O Inter não sentiu o jogo, sentiu as pernas", resumiu. "É bem verdade que o time tem atletas atuando abaixo do que poderiam jogar, mas o Mano teve uma estratégia equivocada no segundo tempo, usando uma ideia de contra-ataque, mas como tu vais fazer isso sem pernas? A ideia deveria ser propor uma atuação na segunda etapa com cadência. O Mano considerou esse plano, mas o time dele não poderia corresponder por causa da condição física", disse.