"Jogos são vencidos dentro de campo", diz presidente da Conmebol

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, se manifestou na noite desta segunda-feira mais uma vez sobre os incidentes ocorridos na final da Libertadores da América entre River Plate e Boca Juniors. Em o que chamou de uma "carta ao futebol sul-americano", o dirigente fez um pedido de união no futebol do continente e reforçou sua ideia de que o título do torneio seja decidido dentro de campo.

Domínguez iniciou o comunicado lamentando os incidentes ocorridos no último sábado com o ataque dos torcedores do River Plate ao ônibus da delegação do Boca Juniors. Ele afirmou que o momento é para os dois clubes colocarem os interesses do futebol sul-americano acima dos seus próprios.

Em um trecho, Domínguez reforçou a ideia de que haja a realização da segunda partida da final. "Na Conmebol que eu presido não se ganha com pedras nem agressões. Se ganha com os jogadores dentro de campo", afirmou o dirigente.

O Boca Juniors entrou com um pedido junto à Conmebol solicitando a aplicação do artigo 18 do regulamento da Libertadores, que poderia punir o River Plate com a perda dos pontos da partida. O Boca usa o caso em que o próprio clube foi excluído da competição em 2015 após seus torcedores atingirem jogadores do River com gás de pimenta na Bombonera. A defesa do River sustenta que a mesma punição não pode ser aplicada agora porque as agressões ocorreram fora do estádio.

A Conmebol marcou para a manhã desta terça-feira uma reunião com os presidentes dos dois clubes, Daniel Angelici (Boca) e Rodolfo D'Onofrio (River), na sede da entidade no Paraguai para definir a nova data da decisão da Libertadores. De acordo com informações da imprensa argentina, a postura do Boca é de lutar pela aplicação do artigo 18. O clube estaria inclusive disposto a recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). O primeiro jogo da final da Libertadores terminou em 2 a 2 na Bombonera.