Jovem de 19 anos pode ser primeiro gaúcho na Fórmula Indy
Matheus Leist já possui o prestigiado título da Fórmula 3 Britânica
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Mais que concretizar o sonho de andar a mais de 300 km/h no carro que só perde em performance para a Fórmula 1, Leist deixou seu recado com uma performance confiante na pista de Elkhart Lake. Importante: superou os tempos de todos os outros novatos que andaram no mesmo dia. “Fui mais rápido que os estreantes e que o piloto deles (Nico Jamin) na Indy Lights. Isso ajudou para mostrar força e que estamos prontos para num futuro próximo subir para a Indy”, avalia o piloto.
Leist também mostrou suas credenciais ao vencer na pista mais famosa dos EUA, de ponta a ponta e sem dar chance aos rivais. Ele já tem um troféu escrito “Indianápolis”, só que a taça é das 100 Milhas da Indy Lights. A meta é, até 2019, competir pelo prêmio máximo nas 500 Milhas. Por enquanto, contudo, ele evita falar nos próximos saltos e busca mais vitórias para faturar o título da categoria de acesso.
A primeira prova na Indy Lights foi atribulada e deixou um déficit de pontos que gradualmente o gaúcho trabalhar em reduzir. “Sei o que tenho que fazer para conquistar o título já neste ano, mas preciso ser realista que não vai ser fácil”, definiu. Leist lembrou que é o único de todo o campeonato que não conhece as pistas, por ter vindo da Europa, mas que junto com a equipe Carlin tem se ajustado rapidamente.
Vale destacar que o campeão da F3 já mostra a confiança que se espera dos protagonistas e não apenas dos que fazem boas corridas e campeonatos. Ao comentar a primeira vez no carro da Indy, ele não se deixou impressionar pelo tamanho da conquista e até brincou com a performance do carro. “A aceleração é bem normal, na verdade tem muita aderência de curva e aerofólio para ‘só’ 750 cavalos. Se tivesse uns 1.000 cavalos, ia ficar bem ‘da hora’”, desafiou.
Em sexto no campeonato, ele garantiu que é dos rivais a responsabilidade de evitar que chegue ao topo. “O carro é superbom, estamos num excelente momento e vamos tentar evoluir cada vez mais”, comentou o piloto. Além disso, ele conta com o “coach” Danilo Dirani, que já correu por lá e aconselha nos ajustes e nos pequenos truques das pistas dos EUA. “O Dirani é quase um segundo engenheiro para mim. Eu sei guiar e sai de forma natural, ele ajuda nuns ajustes, de dizer para frear mais dentro, acelerar aqui ou ali. Mas a maior parte do que discutimos é relacionado a acerto do carro”, detalhou.
Outra carta na manga é a equipe Carlin, com tradição em categorias de base e que já planeja uma subida de divisão para a Indy. “São todos parceiros e os companheiros de equipe também são legais. Cada vez estou mais confortável no time”, relatou. “Todo mundo sabe que Carlin é Carlin. Sempre vão buscar o melhor e estou feliz de guiar num time desses, ainda mais que são ingleses e gosto de lidar com a cultura de corrida deles”, apontou o gaúcho, que chamou a atenção da Carlin exatamente ao superar os britânicos na F3, guiando para uma equipe menor.
O próximo desafio é neste fim de semana, exatamente em Elkhart Lake. A Indy Lights realiza sua quarta etapa dupla no autódromo que é considerado a Spa-Francorchamps norte-americana.