Juventude chega à final do Gauchão capitaneado pela parceria entre Paulo Paixão e Roger Machado
União de longa data do preparador físico com o treinador foi um dos fatores que catapultou o time da Serra no Campeonato Gaúcho deste ano
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Em janeiro, quando concedeu a primeira coletiva em seu retorno ao Juventude, em duas de suas respostas Roger Machado conseguiu passar um recado que justifica bem a decisão e algumas de suas escolhas em seu retorno ao Juventude dez anos depois de começar a carreira como técnico em 2014 no clube da Serra. O técnico aspirante na época deu lugar a alguém de maior bagagem com rodagem por grandes como o próprio Grêmio, mas também Bahia, Atlético Mineiro, Palmeiras e Fluminense. No entanto, um cara foi novidade nesta sua volta. O preparador físico Paulo Paixão e o que ele representa foram motivo para o treinador pedir licença aos repórteres ao fazer uma espécie de brincadeira antes de falar com seriedade a respeito ao comentar a indicação.
“Precisa? (risos) O Paulo dispensa apresentações. Muitas Copas do Mundo. A relação dele comigo passa dos 30 anos. Eu fui seu jogador. Ele foi meu preparador físico quando atleta. Sempre quis trabalhar com ele. Mas eu dizia para ele que não conseguia pagar o passe dele. Nos últimos anos consegui trazer ele para o meu lado. A gente comunga de muitas ideias, crenças esportivas” disse Roger sobre o companheiro de 73 anos em plena atividade e que empresta estofo ao trabalho em conjunto.
Na bagagem de Paixão, o currículo dá a dimensão do tamanho do profissional que hoje o Juventude tem prestando serviços no clube. Pela Seleção Brasileira são duas Copas Américas, três das Confederações e a Copa do Mundo de 2002. Campeonato Brasileiro tem um, Copa do Brasil são duas e Libertadores, três. Por fim, títulos de Gauchão são oito. Ou seja, de fato dispensa apresentações.
A outra resposta de Roger dois meses atrás sobre o que o levou a voltar ao Juventude atesta o que move essa dupla de diferentes idades, mas perfis parecidos diante de um desafio como se fosse o de um início de carreira: “A resposta é muito fácil: ser campeão gaúcho e ponto. Nada menos do que isso".
