Marcinho, ex-Botafogo, será indiciado por duplo homicídio culposo, diz delegado

Marcinho, ex-Botafogo, será indiciado por duplo homicídio culposo, diz delegado

Jogador se envolveu em acidente de carro que matou um casal de professores, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio

AE

Após o acidente, o jogador fugiu com seu Mini Cooper sem prestar socorro às vítimas

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Marcinho, lateral-direito que defendeu o Botafogo até 31 de dezembro e agora está sem contrato, será indiciado por duplo homicídio culposo (sem a intenção de matar) por ter atropelado e matado um casal de professores, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, na noite de 30 de dezembro, segundo informou nesta quarta-feira o delegado responsável pelo inquérito.

Após o acidente, o jogador fugiu com seu Mini Cooper sem prestar socorro às vítimas. Alexandre Silva de Lima, de 44 anos, morreu na hora e sua mulher, Maria Cristina José Soares, de 66 anos, chegou a ser socorrida e internada, mas faleceu na noite de terça-feira.

Nesta quarta-feira, o delegado Alan Luxardo, da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), que investiga o caso, anunciou que vai indiciar o atleta. O crime de homicídio culposo é punido com dois a quatro anos de prisão. O inquérito deve ser concluído na próxima semana. Até lá, Marcinho, que prestou depoimento na segunda-feira, deve ser ouvido mais uma vez, para esclarecer contradições surgidas a partir do depoimento de testemunhas do acidente.

O atleta afirmou que trafegava a 60 km/h no momento do acidente, enquanto pelo menos três testemunhas afirmam que ele corria mais e fazia manobras entre os veículos, quando atropelou o casal. "Agora é acabar de ouvir testemunhas, juntar os laudos periciais e concluir o inquérito policial. Acredito que até semana que vem isto esteja terminado. É possível que, com as divergências que possam ter ocorrido entre os depoimentos (de Marcinho e de três testemunhas), ele seja novamente chamado para esclarecer esses detalhes", afirmou Luxardo.

Maria Cristina e Alexandre davam aulas no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, o Cefet, no Maracanã, na zona norte do Rio. O casal havia saído para lançar flores ao mar e estava voltando para casa quando atravessou a avenida Lúcio Costa, na altura do número 17.170, e foi atropelado pelo Mini Cooper dirigido por Marcinho. O atleta, que não foi identificado na hora, fugiu e abandonou o carro na rua Hermes de Lima, também no Recreio.

O veículo está registrado em nome de uma empresa de produtos hospitalares cujo sócio é Sergio Lemos de Oliveira, pai e empresário de Marcinho. Após ser localizado e submetido a perícia, o carro foi rebocado por um guincho da seguradora até a garagem da casa do pai de Marcinho - a partir daí a Polícia Civil passou a considerar o jogador suspeito.

Na segunda-feira, Marcinho e seu pai prestaram depoimento à Polícia Civil e o atleta admitiu que dirigia o veículo. Marcinho alegou que estava trafegando em velocidade normal, a 60 km/h, que não havia consumido bebida alcoólica e que não prestou socorro porque teve medo de ser linchado.

Nesta quarta-feira, pessoas que estiveram com Marcinho em uma confraternização antes do acidente afirmaram não ter visto o atleta consumindo bebida alcoólica.


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