Medina vence a primeira etapa na piscina da história do Mundial de Surfe
Filipe Toledo, vice na Califórina, segue líder após a 7ª vitória do Brasil em 8 eventos
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Com um surf moderno, com pressão e progressivo, abusando das manobras aéreas, Medina não precisou das duas últimas ondas da série final de três para comemorar o título. Ao ver o australiano Julian Wilson errar na primeira onda decisiva, o brasileiro vibrou junto com os familiares e iniciou a festa. A primeira das duas últimas ondas, ele surfou de boné e com a bandeira do Brasil ao redor do pescoço para comemorar a taça inédita.
Congratulations @gabrielmedina, winner of the 2018 #SurfRanchPro pres. by @hurley pic.twitter.com/SRmWHKEubW — World Surf League (@wsl) 9 de setembro de 2018
“Tenho muito caminho pela frente até o título, restam 30 mil pontos em disputa. Tenho boas memórias e adoro as ondas da França e Portugal. Estou muito feliz de estar na disputa com o Felipe e vai ser muito bom surfar com os melhor até o Havaí”, afirmou Medina.
Com a vitória nas duas últimas etapas, o campeão do mundo de 2014 se aproximou do líder do ranking Filipe Toledo, de Ubatuba (SP), que terminou com 17.03, com uma esquerda de 7.23 e uma direita de 9.80. Medina soma 45.685 contra 49.785 do paulista de Ubatuba.
Ítalo Ferreira, de Baia Formosa (RN), terminou na 13ª colocação e ocupa a quarta posição no ranking. Miguel Pupo disputou a final, mas finalizou na oitava colocação com 12.96. Os australianos Julian Wilson é o terceiro na temporada com 37.125 e Owen Wright o sexto com 29.485. William Cardoso, de Balneário Camboriú (SC), é o 12º com 22.245.
Torcida brasileira marcou presença no Surf Ranch, na Califórnia - Foto: Reprodução site da WSL / Divulgação / CP
Brasileiras não passam das classificatórias
As brasileiras Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima não foram às finais na etapa do Mundial em piscina de ondas artificiais. Silvana Lima, que passará por cirurgia nos dois joelhos e não competirá mais até o final do ano, terminou na 11ª colocação com 13.83 pontos. Já a gaúcha Tatiana Weston-Webb ficou uma posição abaixo com 13.80.
A vencedora foi a havaiana Carissa Moore, com 17.80. No ranking, ela subiu uma posição e passa a ocupar a quarta colocação com 41.235, contra 41.415 da gaúcha, terceira colocada. A líder é a australiana Stephanie Gilmore com 61.175.
Brasil domina o número de vitórias na WSL
A segunda vitória de Gabriel Medina na temporada coloca o Brasil com domínio total dos títulos do Mundial de Surf. Na temporada 2018, são oito etapas e sete vitórias brasileiras. Medina já havia vencido a etapa do Taiti em agosto. Em abril, Ítalo Ferreira, havia conquistado as etapas de Bells Beach, na Austrália, e Keramas, em Bali. Willian Cardoso, venceu em junho a etapa de Uluwatu, em Bali, na Indonésia.
O líder do ranking levou a taça em Saquarema (RJ), em maio, e em Jeffreys Bay, na África do Sul, em julho. Além das vitórias, a liderança é garantida pelo segundo lugar na Califórnia, um terceiro, e três quintas colocações.
Reta final da temporada
Restam três etapas do Mundial da WSL para serem disputadas e, em duas delas, Gabriel Medina irá defender o título obtido na reta final de 2017. O primeiro é em Landes, na França, entre os dias 3 e 14 de outubro. Dois dias após o término do período de espera da etapa francesa, inicia a penúltima em Peniche, Portugal. A última será em Banzai Pipeline, na ilha de Oahu, no Havaí, entre 8 e 20 de dezembro.