MP do Rio pede reabertura de ação contra Ryan Lochte por falso assalto na Rio 2016
Nadadores dos EUA criaram confusão em posto e relataram na TV terem sido vítimas de crime
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Durante os Jogos, Lochte contou à TV dos Estados Unidos que ele e outros três nadadores tinham sido assaltados quando voltavam para a Vila Olímpica, na madrugada do dia 14 de agosto de 2016. Segundo a versão do nadador, detentor de 12 medalhas olímpicas, homens que se identificaram como policiais assaltaram o grupo integrado por Lochte e os também nadadores Gunnar Bentz, Jack Conger e James Feigen.
Mas a versão caiu quando a polícia verificou as imagens das câmeras de segurança do posto, que mostraram Lochte e os colegas depredando o local e se envolvendo em confusão com os funcionários. Na ocasião, o MP sugeriu uma pena de multa no valor de R$ 70 mil em cestas básicas, mas a defesa do nadador obteve um habeas corpus, alegando que Lochte não comunicou qualquer crime diretamente à polícia.
Segundo o MP, as falsas declarações de Lochte trouxeram sérias repercussões à imagem do Brasil no exterior e "provocaram imensas mobilizações e despesas com atos de investigação completamente inócuos, uma vez que não houve o crime de roubo que o denunciado noticiou". O Superior Tribunal de Justiça ainda vai julgar o mérito do habeas corpus, mas o MP decidiu denunciar o nadador.