MP investiga "farra" dos ingressos ilegais no Vasco

MP investiga "farra" dos ingressos ilegais no Vasco

Esquema envolveria dirigentes, torcidas organizadas e cambistas

R7

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O Ministério Público investiga um esquema lucrativo de venda de ingressos no Vasco, que envolveria dirigentes, torcidas organizadas e cambistas. Nos últimos três anos, jogos importantes, como a final da Taça Libertadores foram marcados por confusão e tumulto na venda de entradas. A farra dos ingressos chamou a atenção do Ministério Público, que decidiu investigar o caso. Para a promotoria, o esquema começa com os clubes. Dirigentes repassam os ingressos para as torcidas organizadas, que encaminham os lotes aos cambistas.

Confira a reportagem completa no Portal R7

A venda, com ágio, alimenta o sistema no qual todos saem ganhando em cima do torcedor. É o que diz o promotor Rodrigo Terra. “Parece que há uma relação dos clubes não só com as próprias organizadas, mas também com empresa que comercializa esses ingressos, já que é ela que detém o poder de confecção, distribuição, comercialização e arrecadação, ou seja, ela domina todo as etapas desse processo, o que facilita de uma certa forma a prática de ilegalidade.“

E não é só o torcedor que é enganado. O visitante que gosta de futebol também cai numa armadilha. O Ministério Público identificou que ingressos são desviados para agências de turismo e depois oferecidos nos hotéis por um preço até três vezes acima do valor original.

O recepcionista de um desses hotéis justificou o preço superfaturado da venda casada. “O preço normalmente é de R$ 150 por pessoa, com transporte e os ingressos. Às vezes, quando se trata de um jogo concorrido, ele vão e botam, majoram o preço a mais. “

Há três anos, a promotoria convocou os quatro grandes clubes do Rio a assinar um termo de ajuste de conduta. O documento exige a transparência no repasse de ingressos às organizadas, a criação de uma ouvidoria para atendimento do torcedor e a publicação dos balanços dos clubes. Até agora, só o Fluminense assinou o acordo.

O promotor Rodrigo Terra disse que é preciso enfrentar essas pessoas que se beneficiam do esquema. “Existe um modelo que já está estabelecido há muito tempo e que tem uma série de beneficiários e enfrentar esse esquema, desfazer essa maneira de vender ingresso é um desafio que vai enfrentar a resistência de quem se beneficia disso.”

Vícios

Um dos maiores craques do futebol brasileiro, Zico não se conforma com os vícios administrativos cometidos pelos cartolas. “Os caras não trabalham, ah eu me dedico, eu sou amador, me dedico 24 horas ao clube e vive de quê? Aí você vai ver depois o cara tem uma vida maravilhosa, ele não trabalha. Só trabalha no clube, se dedica ao clube. Aquilo ali deve ser muito bom.”

Zico criou um time de futebol, o CFZ, para disputar as divisões do campeonato estadual. A indignação só aumentou. “Quem age legal, acaba sempre se prejudicando, apunhalado porque não faz parte daquele jogo. Ninguém vai investigar o que acontece na 2ª divisão, na 3ª divisão, da forma como os times sobem, ninguém se preocupa com isso.”

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