Brasil supera volume do Japão e lesão de Macris para manter invencibilidade no vôlei feminino

Brasil supera volume do Japão e lesão de Macris para manter invencibilidade no vôlei feminino

Levantadora brasileira deixou a partida, mas seleção venceu por 3 sets a 0, parciais de 25/16, 25/18 e 26/24

Eric Raupp

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Em um partida de aplicação tática e muito volume de jogo, o Brasil superou o forte sistema defensivo do Japão em seu quarto compromisso no vôlei feminino nas Olimpíadas de Tóquio. Com bloqueio preciso, que somou 16 pontos ao longo da parida, o time nacional venceu as donas da casa por 3 sets a 0, parciais de 25/16, 25/18 e 26/24, e manteve a invencibilidade na competição. Depois de duas parciais primorosas, com as jogadoras mais soltas, a equipe sentiu a pressão, sobretudo depois que a levantadora Macris torceu o tornolezou e precisou deixar o confronto.

No entanto, o time conseguiu retomar o emocional para não deixar o sexteto nipônico vencer o set. A central Carol e a ponteira Fernanda Garay foram as artilheiras, com 13 tentos cada. Pelas anfitriãs, Ishikawa anotou 12 e Ishii 11, mesmo número que Gabi.

Brasil superior e aula de bloqueios

O Brasil foi soberano no primeiro set e abriu vantagem logo no começo, sem dar chance para as donas da casa fazerem crescer o seu volume de jogo. Do contrário, foi a seleção que teve maior cadência na relação de fundamentos.  Sem Sarina Koga, sua principal arma no ataque, lesionada durante a partir de estreia, as japoneses encontraram dificuldades para fazer a bola rodar. Pelo lado brasileiro, Garay e Gabi comandavam as ações ofensivas. Destaque também para o bloqueio brasileiro, que somou seis pontos apenas nesta parcial. Foi justamente num ponto deste fundamento, após rali de 48 segundos, que Ana Carolina fechou o set, ao impedir um ataque da capitã Erika Araki.

A segunda parcial começou com boas trocas de defesas entre as equipes, mas o Brasil teve maior força ofensiva para abrir 7 a 4, após largadas de Tandara e Garay. As donas da casa logo equilibraram novamente, lideradas por Ishikawa, que igualou o marcador em 9 a 9 depois de uma bola de xeque e um ace. Mas o Brasil não se deixou abalar e voltou a forçar o saque a amortecer os golpes nipônicos; assim, rapidamente abrir quatro de vantagem com duas chutadas no meio no meio com Carol, uma pipe de Gabi, e um ataque de Garay pela entrada.

As comandadas de Zé Roberto Guimarães estabilizaram e conseguiram ampliar o marcador em 17 a 10, com bloqueios das centrais e mais uma pipe de Gabi. A queda de rendimento fez a treinadora Kumi Nakada pedir tempo. No entanto, com vantagem de 17 a 12, foi o técnico brasileiro que mexeu: Natália foi lançada no lugar de Tandara para ganhar ritmo de jogo. E depois de duas defesas da camisa 12, Garay finalizou pelo meio fundo em mais um  bonito rali. O Brasil contou ainda com erros de ataque e saque das japonesas para Bastou, então, manter a troca de pontos para fechar o set em 25 a 18, novamente com um bloqueio de Carol.

Tudo ou nada japonês e lesão de Macris

Natália iniciou o terceiro set na vaga de Tandara, enquanto o Japão foi para o meu uso ou nada e sacou a levantadora Tashiro no lugar da jovem Momii. As donas da casa começaram com alto rendimento na defesa, incomodando o ataque brasileiro, e abriram 7 a 6. O Brasil conseguiu retomar a dianteira em 9 a 8 após Gabi quebrar o passe japonês e Carol finalizar com uma largada no meio da quadra. Mas o jogo manteve-se com troca de pontos até as donas da casa abrirem 13 a 11 num rali de 42 segundos.

Na série de ações, a levantadora Macris torceu o tornozelo direito na queda de um bloqueio e precisou deixar o confronto carregada pela equipe médica. Com Roberta em quadra, um novo rali de 53 segundos terminou com ponto para o Brasil, mas as japoneses aproveitaram o abalo emocional para pontuar em sequência para fazer 16 a 12. Desestabilizado, o Brasil tentava alcançar o marcador, mas o sexteto asiático mantinha a margem de vantagem. O time de Zé Roberto conseguir empatar em 20 a 20 depois de um erro de ataque de Ishii, e virou com um bloqueio de Natália na camisa 8.

Na reta final, foi esse fundamento que fez a seleção crescer e pressionar as atacantes nipônicas. Uma sequência de bloqueio em Ishikawa e um erro da camisa fizeram o Brasil abrir 23 a 22. As japonesas descontam com uma largada, mas Gattaz deu o set point para Brasil em 24 a 22 com um novo bloqueio em Ishikawa. Mas a camisa 8, bola de segurança do time local, pontuou duas vezes pela entrada e deixou tudo igual novamente, forçando Zé Roberto a pedir tempo. No retorno, Gabi pontou duas vezes para fechar a partida em 26 a 24.


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