Caeleb Dressel chega a Tóquio como provável sucessor de Michael Phelps

Caeleb Dressel chega a Tóquio como provável sucessor de Michael Phelps

Objetivo do estadunidense é conquistar seis medalhas de ouro

AFP

Caeleb Dressel é apontado como o sucessor de Michael Phelps, com oito títulos em oito provas em que participou em Pequim-2008

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Seu sprint espetacular e a forma tranquila com a qual geriu o esporte em tempos de pandemia prometem um “show” na piscina dos Jogos de Tóquio: o fenômeno americano Caeleb Dressel é apresentado desde o início como o provável protagonista desta edição na natação, que entregará suas primeiras medalhas já no domingo. Excepcionalmente, e como já aconteceu em Pequim-2008, a programação habitual da natação é invertida, com finais e semifinais na sessão da manhã e as séries à tarde e à noite.

Exceto no sábado, o dia das primeiras séries, e talvez no domingo, se ele tiver um descanso na série do revezamento 4x100 metros masculino, Dressel (que em breve terá 25 anos) deverá entrar na água todos os dias da natação de Tóquio-2020. Inclusive até três vezes por dia.

Sua ambição é clara: conquistar seis medalhas de ouro. Três seriam em provas individuais, nos 100m livre (a mais esperada), nos 100m borboleta e 50m, enquanto outras três seriam no revezamento (4×100m livre, 4×100m medley e 4×100m medley misto). É mais improvável, mas poderia até participar de um quarto revezamento, o 4x200 metros. Apenas dois nadadores conseguiram disputar tantas provas na história olímpica.

A grande sombra de Phelps

Um deles é obviamente seu compatriota Michael Phelps, com oito títulos em oito provas em que participou em Pequim-2008 (100m e 200m borboleta, 200m livre, 200m e 400m medley e nos revezamentos 4x200m livre, 4x100m livre e 4x100m medley).

E também outro americano, Mark Spitz, com sete medalhas em Munique-1972: 100m e 200m livre, 100m e 200m borboleta, revezamentos 4x100m e 4x200m livre e 4x100m medley.

Outro americano, Matt Biondi, ganhou "apenas" cinco títulos em Seul-1988, mas também levou uma medalha de prata e uma de bronze. Dressel provou nos últimos anos que está destinado a colocar seu nome na listas dos mais seletos.

No Mundial de 2017 em Budapeste, o que marcou sua grande ascensão, o nadador da Flórida conquistou sete medalhas de ouro, igualando o recorde de Phelps em uma edição, alcançado dez anos antes.

No Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, em 2019, ele ficou com seis títulos, mas conquistou um total de oito medalhas, algo nunca antes visto nesse evento. Dressel também conseguiu quebrar um recorde mundial, que arrebatou exatamente de Phelps, nos 100 metros borboleta.

Ao ouvi-lo, nem o adiamento de um ano dos Jogos Olímpicos nem a falta de público nas arquibancadas parecem incomodá-lo.

"Por que teria que ficar chateado por ter um ano a mais para prolongar essa dinâmica?", se perguntou ele no final do ano passado em entrevista a dois meios de comunicação franceses, um deles a AFP. "Não vou reclamar de ter mais um ano para me preparar", disse o nadador.

"Não preciso que as pessoas olhem para mim", acrescentou ele sobre as competições com portões fechados. "O que importa sou apenas eu, Troy (seu treinador), meus companheiros de equipe e a piscina", disse ele.

"Obviamente prefiro quando as arquibancadas estão lotadas, gosto do show, gosto de me alimentar com a energia que emana de uma multidão que grita e aplaude. No Mundial em Budapeste lembro que o clima era incrível, era eletrizante. Mas enfim, quando você pula na água, tudo se apaga. Você muda de dimensão, você entra em outro mundo", explica.

Dressel tem tudo para terminar os Jogos como um dos grandes protagonistas, assim como sua compatriota Katie Ledecky, a grande estrela no feminino.


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