Conheça os esportes que estão nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 – Ginástica artística: barra fixa e barras assimétricas

FALTAM 17 DIAS PARA OS JOGOS OLÍMPICOS DE PARIS-2024

A ginástica artística inclui uma série de aparelhos diferentes, sendo vários apenas para a disputa masculina e outros para a feminina. Ainda que existam movimentos obrigatórios e punições objetivas em alguns casos, é uma disputa mais subjetiva, uma vez que passa pela avaliação dos árbitros. No total, a competição inclui seis para os homens e quatro para as mulheres. A barra fixa é uma disputa apenas para os homens, enquanto nas barras assimétricas competem só as mulheres.

Quem vence?

Quem obtiver as melhores notas dos juízes a partir de movimentos e manobras de acordo com o aparelho em disputa.

No geral, como são atribuídas as notas? Quais os critérios?

Por muito tempo, a nota máxima era o 10, marca atingida pela primeira vez em 1976 pela romena Nadia Comaneci. No entanto, o sistema foi alterado em 2006 e hoje em dia é calculado a partir do grau de dificuldade dos movimentos e da sua execução. A soma de ambos é que determina a nota final. A nota de execução parte de 10 e vai diminuindo a cada erro. Já a de dificuldade leva em conta os elementos incluídos na série. Desta forma, por exemplo, se duas ginastas têm ambas uma prova sem erros, vence aquela que incluiu em sua apresentação elementos de dificuldade maior.

Quais os termos mais utilizados durante as provas?

• Elemento - Todo movimento que faz parte de um código de pontuação com um valor de dificuldade.
• Execução - É a apresentação em si.
• Pirueta - É um giro de 360° em torno do eixo longitudinal, feito tanto no ar como com o pé apoiado.
• Mortal - Giro no ar, mas dessa vez em torno do eixo transversal. Ou, de uma forma mais simples, uma cambalhota. Pode ser executado para frente ou para trás.
• Twist - Inclui um giro longitudinal de 180º combinado com uma rotação para a frente sobre eixo transversal. O Duplo Twist Carpado, movimento executado pela primeira vez pela brasileira Daiane dos Santos é uma variação do twist seguida de um mortal duplo.
• Saída - É a parte final da apresentação, o último movimento.

Qual a ordem de apresentação dos aparelhos?

• Masculino: solo, cavalo com alças, argolas, salto, paralelas e barra.
• Feminino: salto, barras assimétricas, trave e solo.

Como funciona a disputa do individual geral?

Na fase de qualificação, quem disputa o individual geral precisa se apresentar em todos os aparelhos - quatro para as mulheres e seis para os homens. Os 24 melhores avançam para a final, com um limite de dois representantes por país.

Qual o formato de disputa?

Da mesma forma que o individual geral, mas neste caso, o atleta pode competir apenas nos aparelhos que preferir. Na final, a ordem de apresentação é inversamente proporcional às notas da qualificação, de modo que a nota mais alta seja a última a se apresentar, mantendo assim o suspense sobre os favoritos.

Como acontece a disputa por equipes?

A partir desta edição, cada país pode contar com cinco atletas - eram quatro até Tóquio-2020. As notas do primeiro dia de competição que valem para o individual geral também valem para as equipes para fins de classificação. Os oito melhores times classificados avançam às finais. As notas são todas zeradas e para cada aparelho, apresentam-se três atletas de cada país. Ao final de todos os aparelhos, as notas de todos os competidores são somadas para definir a equipe vencedora.

O que os ginastas colocam nas mãos antes das provas?

É “pó de magnésio”, utilizado para deixar a mão menos escorregadia, já que o pó absorve o suor.

BARRAS ASSIMÉTRICAS

Nas barras assimétricas, ginastas precisam executar movimentos obrigatórios como os saltos | Foto: ELSA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP / CP

O que conta para uma boa apresentação nas barras assimétricas?

Os árbitros levam em conta a fluidez dos movimentos e sua variedade, entre balanços circulares, piruetas, giros e voos entre as barras.

A distância entre as barras é padronizada ou ajustável para cada atleta?

Em termos verticais, há um padrão. A mais baixa está colocada a 1,75 metro do chão e a mais alta a 2,4m. Ambas têm 2,4 metros de largura. A distância entre as duas barras, no entanto, pode ser ajustada de acordo com o tamanho do atleta, desde que entre 1,3m e 1,8m.

O que pode causar perda de pontos?

Ao contrário da prova da barra, onde é proibido encostar o corpo, aqui as ginastas podem se utilizar desse artifício para ganhar mais impulso. O que incorre em perda de pontos é se a atleta encostar os pés no chão durante a execução. Uma eventual queda, por mais que causa perda de pontos, não é eliminatório, tendo a competidora 30 segundos para retomar a apresentação.

Quais são os movimentos obrigatórios?

Entre os movimentos obrigatórios estão um voo de uma barra para a outra, um voo na própria barra, mudanças na pegada e um elemento sem voo que dê pelo menos uma volta completa.

BARRA FIXA

Atletas não podem encostar na barra com outra parte do corpo que não as mãos | Foto: Gaspar Nóbrega/COB/CP

O que conta para uma boa apresentação na barra?

A avaliação dos árbitros leva em conta o dinamismo dos movimentos. Os ginastas devem executar giros, com largadas e pegadas na barra. É permitido se movimentar nas duas direções, mas as mãos são a única parte do corpo que podem tocar na barra. Não é permitido encostar o corpo.

Quais são os movimentos obrigatórios?

Entre as obrigatoriedades da prova estão os movimentos em ambas as direções e variações de pegada. Além disso, é preciso que pelo menos em um momento o ginasta solte as duas mãos da barra, em uma espécie de salto, para depois agarrá-la novamente.

Quais são as medidas da barra?

A barra tem 2,4 metros de largura e está colocada a 2,8 metros de altura.

Quando são as finais?

Equipes masculino - 29 de julho (12h30min)

Equipes feminina - 30 de julho (12h30min)

Individual geral masculino - 31 de julho (12h30min)

Individual geral feminino - 1º de agosto (13h15min)

Barras assimétricas - 4 de agosto (10h40min)

Barra fixa - 5 de agosto (8h31min)