Tóquio estuda cortar gastos dos Jogos Olímpicos
Relatório apontou que valor gasto com a realização do evento poderá quadruplicar
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Um grupo de universitários e empresários entregou a Koike um relatório com uma lista de propostas, entre elas a reformulação das sedes da natação, do vôlei e da estrutura de remos e canoagem, cujo custo é avaliado em 1,34 bilhão de euros.
Eleita no fim de julho e conhecida por não medir as palavras, a ex-ministra e senadora, que recebeu a bandeira olímpica das mãos do prefeito Eduardo Paes na cerimônia de encerramentos dos Jogos do Rio, pediu uma revisão do orçamento do evento. “Eu levo esse relatório muito a sério. Depois de conversar com outras pessoas responsáveis pelos Jogos, tomarei uma decisão o quanto antes. Não podemos deixar esse fardo de legado para os moradores de Tóquio”, avisou a governadora, que é a primeira mulher a ocupar o cargo.
O professor Shinichi Ueyama, da Universidade de Keio, que foi um dos redatores do relatório de 97 páginas, avisou que o custo dos Jogos. “Por mais incrível que pareça, não existe diretor financeiro para controlar o orçamento”, alertou.
A quatro anos dos Jogos, não faltam polêmicas na capital japonesa. O estádio olímpico ainda não saiu do papel, já que o projeto inicial foi cancelado, por ser considerado caro demais. O logotipo oficial também teve de ser abandonado, por conta de acusações de plágio. A própria vitória na eleição que definiu a sede, em setembro de 2013, é manchada por acusações de corrupção, investigadas pela Justiça francesa.