Vôlei feminino do Brasil perde para os Estados Unidos e vai disputar a medalha de bronze
Norte-americanas vencem por 3 sets a 2 e acabam com o sonho do ouro olímpico brasileiro
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Não deu. O sonho do ouro olímpico nos Jogos de Paris-2024 para o vôlei feminino do Brasil parou nos Estados Unidos. Na manhã desta quinta-feira, as norte-americanas bateram as brasileiras por 3 sets a 2 (25-23, 18-25, 25-15, 23-25 e 15-11) em uma partida muito disputada. Agora, resta ao Brasil a disputa pela medalha de bronze no sábado, às 12h15min (de Brasília). A adversária sai do duelo entre Itália e Turquia, que acontece ainda hoje, às 15h.
Brasil e Estados Unidos já foram protagonistas de três finais olímpicas – duas vencidas por nós, uma por elas. Logo, era de se esperar uma partida disputada de forma acirrada do início ao fim. Portanto, foi surpreendente quando as norte-americanas abriram 5 a 0 no começo do jogo, forçando no bloqueio. Aos poucos, no entanto, as brasileiras foram entrando na partida e diminuindo a vantagem, até que o empate veio no 12 a 12. Daí em diante, foi ponto lá, ponto cá. Se os EUA marcavam mais com pontos de ataque, agora era o Brasil que dava um show no bloqueio. O time de José Roberto Guimarães chegou a abrir 19 a 16, mas viu as adversárias empatarem novamente. Em um duelo sem margem para erros, as americanas foram mais precisas na reta final e fecharam o primeiro set em 25 a 23 em 30 minutos. Maior pontuadora da seleção durante todo o torneio olímpico, Gabi foi muito marcada no primeiro set, marcando apenas um ponto.
A reação brasileira veio no segundo set. Administrando uma vantagem que ficava na casa dos três pontos, a seleção teve tranquilidade para se manter à frente e abrir uma margem maior. Em poucos minutos, o time de José Roberto vencia por 14 a 9. Em parte porque o jogo de Gabi começou a encaixar – se no primeiro ela havia marcado apenas um, neste segundo anotou três. O grandes destaque, contudo, foi Ana Cristina. Se no começo do jogo, ela foi explorada pelas adversárias por ter um passe nem tão qualificado, ela soube explorar a força, tornando-se a maior pontuadora do jogo. Ao final do segundo set, vencido pelo Brasil por 25 a 18 em 24 minutos, ela marcou nada menos que 11 pontos.
O equilíbrio também marcou o início do terceiro set. Até que no quarto ponto brasileiro, o técnico norte-americano pediu desafio. A imagem indicava que Gabi tocava na rede, mas ao mesmo tempo em que a bola batia no chão. Zé Roberto Guimarães até contestou, mas a arbitragem deu ponto para os EUA. O que era um 4 a 4, virava um 5 a 3, mas pior do que isso, o lance pareceu desconcentrar as brasileiras. Tanto é que dali em diante a vantagem das rivais só aumentou, chegando a 11 a 5. Um a um, os EUA viravam todos os ataques e o bloqueio do Brasil não mais pontuava. Com Gabi novamente marcando pouco e sem Ana Cristian repetir o mesmo desempenho do ser anterior, as norte-americanas fecharam em 25 a 15 em 23 minutos, o set mais curto até então.
Com a confiança nas alturas, os EUA largaram na frente no quarto set, mais uma vez levando a melhor em quase todos os ataques. Para o Brasil, porém, era tudo ou nada. Com Gabi e Ana Cristina mais agressivas, a seleção equilibrou o confronto, não deixando as rivais abrirem uma diferença no placar. Era lá e cá, até que as brasileiras conseguiram abrir três pontos em 19 a 16. A vantagem era relativamente tranquila, mas em uma semifinal tensa como essa, a comemoração veio mesmo quando o Brasil conseguiu finalmente fechar o set em 25 a 23, em 26 minutos.
Em uma partida dramática e disputada como essa semifinal, beirava o óbvio que tudo seria decidido no tie-break, testando os corações de brasileiros e norte-americanos. Para completar, os ataques de ambos os lados viravam a cada oportunidade, aumentando o desespero nas arquibancadas. Na reta final, contudo, o que era um jogo equilibrado passou a ver a vantagem dos EUA, que fecharam o jogo em 3 a 2 ao fazer 15 a 11 no tie-break.