Para cortar gastos, COB demite secretário de Nuzman após ex-presidente renunciar

Paulo Wanderley Teixeira promoveu o seu primeiro corte desde que assumiu a presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB). O secretário-geral e diretor financeiro Sérgio Lobo foi demitido nesta quarta-feira dentro de um plano de contenção de despesas na entidade. Ele estava lá desde abril de 2002.

Estima-se que Sérgio Lobo tinha um dos maiores salários do COB entre os diretores executivos. O site do canal ESPN chegou a noticiar que o executivo recebia cerca de R$ 1.146.600 por ano, o que dá em torno de R$ 88,2 mil por mês, incluindo 13º salário. Ele era muito próximo de Carlos Arthur Nuzman, que está sendo investigado pela operação Unfair Play, um desdobramento da Lava Jato, e esteve preso preventivamente no mês passado, quando renunciou à presidência do COB.

Há cerca de três semanas, o COB já havia sofrido outra baixa. O general Augusto Heleno, que também era próximo de Carlos Arthur Nuzman, pediu demissão. Ele dirigia o Instituto Olímpico e comandava o departamento de Comunicação e Educação Corporativa. Sua saída era esperada para o final deste ano, mas foi antecipada.

Desde que assumiu, Paulo Wanderley Teixeira deixou bem claro que iria promover corte de gastos. Uma das iniciativas é mudar o COB de sede no Rio de Janeiro, levando o escritório para o Parque Aquático Maria Lenk. "Isso faz parte do plano de austeridade. Essa mudança promoverá uma economia em torno de R$ 4,5 milhões por ano", explicou o presidente da entidade, em recente entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.