Paralimpíada: Brasil pode quebrar o recorde de medalhas nos Jogos
Até o momento, passados cinco dias de competição, o país já garantiu 38 medalhas, 12 delas de ouro
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O desempenho do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 tem sido dos melhores e o país tem boas chances de quebrar tanto o recorde de 72 medalhas conquistadas em uma só edição (Rio-2016 e Tóquio-2020), como também o de ouros (22 em Tóquio-2022). Até o momento, passados cinco dias de competição, o país já garantiu 38 medalhas, 12 delas de ouro. Se seguir a média atual, que é de 7,6 medalhas por dia, das quais 2,4 de ouro, ao final dos Jogos seriam 79 medalhas, com 26 ouros. Se por um lado trata-se de um cálculo otimista, por outro não custa lembrar que nessa segunda-feira, o país teve o seu melhor desempenho na competição até aqui, com 11 medalhas (quatro ouros, quatro pratas e três bronzes), resultados que o mantém no Top 5.
Entre os medalhistas do dia, estava um gaúcho. Natural de Porto Alegre, Aser Ramos quase ficou com o ouro. Até a última rodada do salto em distância para a classe T36 (atletas com paralisia cerebral), ele tinha a melhor marca: 5,76 metros. No entanto, em seu último salto, o favorito da prova, o russo Evgenii Torsunov saltou para 5,83m. O atleta do Rio Grande do Sul foi para o tudo ou nada na última tentativa, mas acabou queimando o salto. O pódio da prova teve ainda, como medalhista de bronze, o ucraniano Oleksandr Lytvynenko.
Outro destaque do dia foi a inédita medalha paralímpica para o país no triatlo, conquistada por Ronan Cordeiro, prata na categoria PTS5, para atletas com deficiências físico-motoras. "Eu tinha uma missão de quebrar esse paradigma no triatlo. Fiz meu primeiro treinamento de altitude, e olha o resultado que consegui. Eu queria ganhar o ouro. Arrisquei tudo. Dei tudo de mim na natação, dei tudo de mim no ciclismo e paguei caro na corrida", afirmou ao canal Sportv ao final da prova, que teve como vencedor o norte-americano Chris Hammer.
Também inédito foi o bronze no badminton, esse vencido por Vitor Tavares na classe SH6 (classes funcionais de baixa estatura): "Eu tô muito feliz, muito feliz por ser medalhista paralímpico. Medalha inédita não só pra minha carreira, mas pro badminton brasileiro. Estamos bem!", comemorou. No atletismo, Vinícius Rodrigues, que ficou conhecido por ter participado do Big Brother Brasil, terminou com o bronze nos 100 metros T63 (amputados de membros inferiores com prótese).