Polícia da Bulgária prende seis torcedores por racismo em jogo contra Inglaterra

Polícia da Bulgária prende seis torcedores por racismo em jogo contra Inglaterra

Autoridades informaram também que identificaram 15 pessoas envolvidas nas demonstrações de preconceito, que incluíram gestos nazistas

AE

Derrota da seleção búlgara por 6 a 0 para os ingleses foi interrompida duas vezes

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A polícia da Bulgária prendeu nesta quarta-feira seis torcedores sob acusação de racismo durante a partida contra a Inglaterra, disputada na segunda-feira, em Sofia, pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2020. As autoridades informaram também que identificaram 15 pessoas envolvidas nas demonstrações de preconceito, que incluíram gestos nazistas. "Seis pessoas foram presas durante a operação da polícia de Sofia depois que foi apurado que eles eram alguns dos perpetradores dos atos de desordem", anunciou o Ministério do Interior da Bulgária, em comunicado. "Dos 15 torcedores identificados, nove já contam com informações obtidas pela polícia, incluindo reconhecimento facial".

De acordo com o ministério, as evidências coletadas na apuração serão encaminhadas à Promotoria de Sofia. "Não toleramos este tipo de comportamento. Todos que violarem a ordem pública será investigado, alguns já foram presos e ações serão tomadas contra todos", disse Georgi Hadzhiev, comissário sênior do departamento de polícia da capital búlgara.

Os episódios racistas aconteceram durante a goleada de 6 a 0 da Inglaterra sobre a seleção da Bulgária, pela fase de grupos das Eliminatórias da Eurocopa. O jogo foi interrompido por duas vezes no primeiro tempo por causa de cânticos racistas e saudações nazistas dos torcedores da equipe da casa.
Durante a primeira paralisação, o locutor advertiu que a partida poderia ser encerrada se os abusos racistas não parassem, cumprindo o primeiro passo do protocolo antirracismo da Uefa. Durante a segunda pausa, dezenas de torcedores da Bulgária responsáveis pelos cânticos saíram do estádio.
Os atos racistas foram condenados por políticos e dirigentes esportivos da Inglaterra e até pelo primeiro-ministro da Bulgária, que pediu a demissão do presidente da federação de futebol do país. Pressionado, Borislav Mihailov anunciou sua renúncia ao cargo na terça-feira.

Pedido de desculpas

Técnico da seleção da Bulgária, Krasimir Balakov pediu desculpas ao time inglês por conta dos gestos racistas - alguns eram cânticos que imitavam macacos. "Eu condeno fortemente e rejeito o racismo como forma de conduta que é contraditória às relações humanas na modernidade. Este é um preconceito que vem do passado e precisa ser erradicado para sempre", afirmou o treinador, em comunicado.
"Quero dizer algo bem claro: diante destes insultos, eu, como treinador da seleção nacional, peço desculpas aos jogadores da seleção inglesa e a todos que se sentiram ofendidos", disse Balakov. Os episódios racistas serão investigados pela Uefa, que já indicou que deve aplicar punição severa na federação búlgara.

 

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