Presidente do Figueirense se revolta: "Não podem ser chamados de torcedores"

Presidente do Figueirense se revolta: "Não podem ser chamados de torcedores"

Jogadores e comissão técnica do clube catarinense foram agredidos após invasão do treino de sábado

AE

Cerca de 40 pessoas invadiram o treino de sábado do Figueirense no Estádio Orlando Scarpelli e agrediram jogadores e comissão técnica

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O presidente do Figueirense, Norton Boppré, comentou nesta segunda-feira a invasão por cerca de 40 pessoas do treino de sábado no Estádio Orlando Scarpelli e as agressões sofridas por jogadores e comissão técnica do clube. Em entrevista ao canal NSC, o dirigente afirmou que vai seguir com o inquérito policial.

"Com muita tristeza tomamos conhecimento do ocorrido. Impactou a todos, principalmente os que aqui estavam trabalhando no Orlando Scarpelli. Lamentavelmente, indivíduos, pessoas que não merecem ser chamados de torcedores, fizeram barbaridades, como agressões físicas, agressões verbais, que nos deixou consternados com o fato lamentável", disse o dirigente.

Apenas a nutricionista do clube, Cíntia Carvalho, se posicionou sobre o incidente e gravou um vídeo de desabafo nas redes sociais. O técnico Elano, por meio de assessoria, afirmou que não iria se pronunciar sobre o acontecimento.

Durante o tumulto, o grupo, que invadiu o gramado, após derrubar o portão 8 do estádio, atirou rojões contra os 34 jogadores que estavam em treinamento. Cinco deles sofreram lesões e foram atendidos pelo departamento médico do clube. A polícia foi chamada, mas quando chegou no local os invasores já haviam fugido. Um boletim de ocorrência foi registrado na noite de sábado.

“Desde o primeiro momento nós determinamos que os funcionários e nosso superintendente administrativo registrassem junto à Polícia Civil relatando tudo o que foi possível apurar. E já estão sendo encaminhada imagens das câmeras de monitoramento ao delegado Paulo Hakim, que coordena o inquérito", continuou o presidente do clube catarinense, que afirmou não prestar qualquer apoio financeiro à principal torcida organizada do clube.

Momentos depois, o clube confirmou que entregara às autoridades as imagens na tentativa de identificar os vândalos. "Em tempo de busca da retomada do crescimento e da reestruturação do clube, é de se lamentar que sua imagem esteja sendo veiculada de forma negativa, por conta de ações de terceiros", disse o clube, em nota.

"Tais atitudes, que causam incontáveis prejuízos das mais variadas naturezas, e depõe contra a relação havida entre o clube e seu verdadeiro torcedor, não serão toleradas, sob nenhuma hipótese!", continua o comunicado.

A invasão ocorreu um dia depois do Figueirense perder, em casa, para o Paraná, por 1 a 0, em jogo válido pela oitava rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O time soma apenas cinco pontos e tenta fugir das últimas colocações.

Apesar da ameaça de jogadores e funcionários, ninguém deixou o clube após o episódio. Ao todo, 20 atletas embarcaram para a capital mato-grossense, onde a equipe vai enfrentar o Cuiabá, nesta terça-feira, pela nona rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.


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