Quênia anuncia a suspensão de sete atletas por doping

Quênia anuncia a suspensão de sete atletas por doping

Na lista a bicampeã mundial Emily Chebet, que em 2010 e 2013 venceu Mundial Cross Country

AE

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O escândalo de doping que estava batendo à porta do atletismo do Quênia chegou. A federação local da modalidade anunciou nesta sexta-feira a suspensão de sete atletas do país por doping. Na lista está até uma campeã mundial: Emily
Chebet, que em 2010 e em 2013 venceu o Mundial de Cross Country, disciplina que não é olímpica.

Chebet testou positivo para um diurético e para o agente mascarante furosemida, recebendo uma punição exemplar: quatro anos de suspensão, retroativa a julho de 2015, quando foi flagrada. Ficará sem competir até meados de 2019. Em março, ela foi sexta colocada no Mundial deste ano.

O Quênia tem enorme tradição no cross-country e nas provas de fundo do atletismo, sendo usual que atletas migrem do cross para as pistas. A própria Chebet fez isso, sendo quarta colocada nos 10.000 metros no Mundial de Moscou, em 2013, e medalhista de bronze nos Jogos da Commonwealth do ano passado na mesma prova.

Francisca Koki, campeã queniana do 400 metros com barreiras, e Joyce Sakari, recordista nacional dos 400 metros rasos, que foram excluídas do Mundial de Pequim (China), este ano, porque foram flagradas em exames antidoping, também testaram positivo para furosemida e pegaram quatro anos de suspensão.

Agnes Jepkosgei, maratonista que é só a 229.ª do ranking mundial, é outra das atletas punidas com quatro anos de suspensão. Bernard Mwendia, Judy Jesire e Lilian Moraa, que participam de corridas de rua, pegaram gancho de dois anos.

Na semana passada, a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou que desde março está investigando o atletismo do Quênia. Desde 2012, cerca de 40 atletas do país já falharam em exames antidoping, incluindo Rita Jeptoo, pega no doping dias depois de receber US$ 500 mil como premiação por ter sido campeã do principal circuito de maratonas do mundo.

O presidente da federação local, David Okeyo, é acusado de ter embolsado cerca de US$ 700 mil pagos pela Nike a título de patrocínio. Por conta deste escândalo, um grupo de atletas ocupou a sede da federação esta semana, em protesto, pedindo a saída do dirigente.

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