Rússia nega existência de programa de doping de Estado
Relatório denunciou um esquema institucionalizado com envolvimento de mais de mil atletas
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Nessa nota oficial, o ministério deixou claro que "estudará com cuidado" as conclusões do relatório, para adotar uma "posição construtiva". "As autoridades russas competentes estão levando a cabo uma investigação sobre as situações descritas na primeira parte do relatório McLaren e vão fazer o mesmo com a versão final", completou.
Citado por agência de notícia russas, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que não quer "reagir no calor do momento". De acordo com o a versão final do relatório, divulgada nesta sexta-feira, em Londres, "existem provas contundentes de um doping institucionalizado de 2011 a 2015" na Rússia.
"Uma conspiração institucional foi implementada, com participação do Ministério dos Esportes e de serviços como a Agência Russa Antidoping (Rusada), o laboratório antidoping de Moscou, junto com o FSB (serviços secretos) para manipular amostras", explicou Richard McLaren, o autor do documento, na entrevista coletiva. Muitos dirigentes russos foram demitidos depois das revelações da primeira parte do relatório, mas o ministro dos Esportes, Vitaly Mutko, foi promovido ao cargo de vice-primeiro ministro encarregado dos esportes.